Enviada em: 29/08/2018

Privilegiado pela quantidade de água presente ao longo de todo o território, o Brasil, que apresenta cerca de 12% das reservas de água doce do mundo, é considerado uma potência na obtenção desse recurso. No entanto, a eclosão das crises hídricas nos últimos anos tem acarretado contestações pelo modo de como esse elemento é administrado e tratado pela população.   Primeiramente, devemos compreender como é a distribuição da água no Brasil. De acordo com pesquisas realizadas pela UNESCO, 72% da água é utilizada na agricultura, enquanto os outros 28% são usados para fins domésticos e industriais, respectivamente. As empresas voltadas para o setor de irrigação fazem parte do campo classificado como o que mais desperdiça esse recurso. Fenômenos como a evaporação, faz com que cerca de 60% da água gasta seja eliminada e, como consequência, o proveito dessa porção perdida não é concedido à regiões onde a capacidade desse elemento é insuficiente.    Nos setores doméstico e industrial, o problema com o cuidado com a água tem gerado prejuízos para a condição do consumo dessa. A liberação de rejeitos advindos de sistemas de esgoto e saneamento, além da falta de conscientização ambiental pela população, provoca a poluição e contaminação de córregos, rios e oceanos. Ademais, o uso imprudente da água, em consequência da vazamentos nas tubulações e, a má disponibilidade , já que grande parte das pessoas concentra-se em áreas em que a quantia dessa é escassa, também afeta o rumo ao término dessa crise.   Constata-se, portanto, que é fundamental a adoção de medidas capazes de mudar a abordagem dos brasileiros em relação a água. Posto isso, cabe ao governo instituir políticas de controle racional, considerando como alvos prioritários o setor agrícola e os grandes centros urbanos. Além disso, ele irá estabelecer o tratamento das águas de esgoto, para que empresas possam reutilizá-las e, assim, evitando o desperdício. Ainda, irá introduzir a transposição das águas da chuva, de regiões com abundância nesse quesito, para locais com grande número de pessoas e pouca disponibilidade. Por fim, as redes de ensino, juntamente com ongs, desenvolverão projetos que instruam a reutilização da água, visando incentivar os jovens a adquirir consciência sobre o uso desse elemento fundamental. Dessa forma, transformaremos a situação crítica em que vivemos em um cenário essencial para o desenvolvimento humano.