Enviada em: 17/10/2018

"Eu sou o que me cerca. Se eu não preservar o que me cerca, eu não me preservo'', a frase de José Ortega y Gasset, filósofo e jornalista espanhol, apresenta a necessidade de preservação da natureza para a manutenção das futuras gerações. Entretanto, percebe-se que ações humanas contradizem o pressuposto de Ortega, uma vez que a crise hídrica está profundamente relacionada as condutas do ser humano. Logo, a fim de compreender o problema e alcançar melhorias, é válido analisar o  desmatamento e os hábitos da sociedade como fatores que influenciam nesse cenário.     Em primeiro lugar, vale ressaltar que o desmatamento representa um entrave para a diminuição da crise hídrica no Brasil. Isso ocorre, visto que os biomas como o Cerrado e a floresta amazônica, desempenham papel fundamental na manutenção da chuva para todo o Brasil, devido ao fluxo de umidade do solo para atmosfera proporcionado pelas suas vegetações. Consequentemente, continuar desmatando esses ecossistemas é reduzir a evapotranspiração e diminuir o volume de chuvas para as regiões do país. Para ilustrar, a estiagem ocorrida em São Paulo no ano de 2014, reduziu drasticamente os níveis de água do Sistema da Cantareira, segundo dados da Sabesp, fator que causou o racionamento hídrico no território.    Em segundo plano, é fundamental pontuar que a carência de educação ambiental nas instituições escolares é um obstáculo para o desenvolvimento de uma sociedade mais consciente. Tal circunstância acontece, posto que não há uma disciplina direcionada para as questões ambientais, assim esse conteúdo é apenas citado em matérias como biologia e geografia, sem o aprofundamento necessário. Em consequência disso, a falta de esclarecimento do indivíduo a respeito da realidade brasileira, das relações do homem com a natureza e os problemas desse elo, contribuem para comportamentos prejudiciais e pouco sustentáveis ao meio ambiente, como banhos demorados e lavar a calçada com água. Desse modo, a frase de Hobbes, ''O homem é o lobo do homem'', expressa o panorama tupiniquim, pois atitudes humanas colocam em risco a permanência do homem no planeta.          Nesse aspecto, ao Ministério da Educação em parceria com o Ministério do Meio Ambiente (MMA), cabem conscientizar os alunos, mediante a inclusão da educação ambiental como disciplina obrigatória, esclarecendo sobre as questões ambientas brasileiras, além do MMA realizar palestras públicas e nas escolas com profissionais do meio ambiente, mostrando os impactos causados pelo consumo exagerado da água e a necessidade de repensar sobre comportamentos insustentáveis, com objetivo de construir uma sociedade mais esclarecida e sustentável. Por fim,O Ministério Público, deve mediante fiscalizações, efetivar as leis para quem desmatar ilegalmente, a fim de reduzir o desmatamento. efetividade das leis para quem desmatar ilegalmente, a fim