Enviada em: 05/06/2019

O crescimento desordenado da população é um dos agentes causadores da crise hídrica brasileira. Dessa forma, a oferta do recurso no país não sustenta a demanda necessária, exemplo disso foi a "seca" do estado de São Paulo em 2014, que ocorreu em virtude dos baixos níveis de água dos reservatórios do Sistema Cantareira, responsável em abastecer a região sudeste. Todavia, há impasses que podem ser evitados com planejamento por parte do governo e com atitudes sustentáveis provenientes dos cidadãos.            Primeiramente, o Brasil é um país migratório e devido a isso há regiões com grande inchaço populacional, o qual consequentemente pode desestabilizar o local caso não esteja preparado para receber determinada quantidade de habitantes. Entretanto, o Estado ao perceber esses movimentos deve de imediato aplicar ações que a longo prazo irão coibir esses transtornos, como projetos de novos sistemas de armazenamento ou em medidas emergenciais executar um plano de racionamento até que o processo normal seja restabelecido.           Nesse Sentido, a obra "Vidas Secas" de Graciliano Ramos, mesmo que publicada em 1938, se assemelha em muitos quesitos com a perspectiva atual, ela retrata a escassez hídrica, a vegetação quase inexistente e um calor insuportável, o qual vivem os personagem nordestinos. Deste modo, a sociedade contemporânea é um ponto crucial para que as características do ambiente retratado no livro seja também parte dessa realidade. Assim, a falta de hábitos sustentáveis e da consciência ambiental contribui severamente para a insuficiência dos recursos naturais, sobretudo a água.          Infere-se, portanto, a urgência de políticas públicas efetivas de proteção a natureza, incluindo todos os ecossistemas nacionais. Diante disso, é necessário que o governo juntamente com o Ministério do Meio Ambiente (MMA), fiscalizem indústrias, residências e comércios que extrapolarem no consumo ou que despejam resíduos  em rios, mares ou lagos, com o objetivo de multá-los ao encontrar situações inadequadas, a fim de que possam se policiar e evitar o desperdício hídrico e a poluição ambiental. Ademais, o Estado em conjunto com as empresas de fornecimento de água, devem criar projetos de descontos na tarifa, para aqueles que reduzirem o consumo mensal, dessa forma estimulando-os a praticarem o consumo consciente, assim como já dizia Mahatma Gandhi: "A natureza pode suprir todas as necessidades do homem, menos a ganância".