Enviada em: 23/07/2017

O engano Newtoniano      O crescimento populacional e urbano após a revolução industrial, trouxe consigo, entre outros complicadores, a poluição dos recursos hídricos. O aumento pela demanda de água, a posteriori, contribuiu para sua escassez progressiva . Participam dessa deflagração o indivíduo, como agente ativo e a sociedade no papel de sujeito reflexivo. Essa, procrastina atitudes que, outrora, mudariam o atual cenário.       O Brasil é o país do mundo que possui maior quantidade de água doce, com 12% do total existente no planeta, porém, negligencia seu uso. A ação antrópica tem apresentado papel preponderante. O consumo desmedido gera rejeitos o que, por sua vez, resultará em contaminação das águas. Soma-se a isso o uso desregrado do recurso em atividades cotidianas. Reflexo de um indivíduo hedonista, que não correlaciona o consumo com a água aplicada na produção dos seus bens e a consequência do próprio desperdício.       A sociedade, entretanto, fica aquém na sua corresponsabilidade. A constante atividade industrial com a exploração desenfreada dos recursos naturais e a queima dos combustíveis fósseis potencializam todo o dano ambiental. Junto a esse saldo negativo, empresas não consideram a água utilizada na produção de seus produtos, como sendo parte de um todo que poderia ser otimizada, sendo vista como princípio de todas as coisas, como disserta Talles de Mileto, e não apenas um meio para um fim particular.        Nesse contexto, portanto, é possível contrariar Newton e sua terceira lei da ação e reação, pois, faz-se necessário aqui, que a ação do indivíduo e da sociedade seja integrada, de mesmo modo para uma mesma direção e sentido. O corpo social deve buscar planos alternativos para evitar os impactos do consumo virtual de empresas, como o reaproveitamento da água na produção dos seus produtos e o tratamento de águas de esgoto, e o indivíduo sendo proficiente, gerindo de forma adequada o seu consumo próprio: banhos curtos e reutilização da água. Optar pela Pegada Hídrica!