A crise hídrica é oriunda de uma má gestão presente no Brasil. Isso se deve, portanto, pelo consumo exacerbado dos diferentes setores da sociedade, como por exemplo, a indústria, a agropecuária e o uso domiciliar. Esses três fatores coincidem no uso demasiado da água, influenciado, principalmente, pelo sistema capitalista, resultando, como consequência, a falta de recursos hídricos para a população. Primeiramente, ao contrário do que muitos pensam, a água doméstica não corresponde de maneira relevante, como o fator responsável pela crise hídrica. À vista disso, o principal contribuinte pelo descuido do uso da água, é a chamada "água virtual", aquela a qual não se tem contato direto, utilizada nas fábricas para a produção de bens de consumo. Isto é, pelo fato do Brasil estar inserido num sistema político-econômico que visa o consumo excessivo, promove o uso exagerado da água virtual, e, dessa forma, ajuda a motivar crise em questão. Em decorrência da falta de recursos hídricos, em 2012, houve mudanças no código florestal, aprovando a redução das Áreas de Proteção Permanente, o que implica na diminuição da produção hídrica. Desse modo, sem a cobertura florestal, a água não penetra no lençol freático, o que é essencial para que tenha-se quantidade líquida suficiente para o consumo, e, assim sendo, pode-se deduzir a enorme importância das florestas e suas reservas no controle hídrico brasileiro. Diante do apresentado, é imprescindível observar que a má gestão gera a escassez de água no Brasil. Portanto, o Poder Executivo Federal, junto com a mídia, deve promover campanhas conscientizadoras sobre como deve-se consumir água adequadamente. Outrossim, é essencial que o Poder Legislativo Federal revise as leis sobre o código florestal, visando contribuir pela preservação das florestas e, consequentemente, no bom funcionamento dos recursos hídricos. Portanto, dessa maneira, o acesso à água seria para todos, com o consumo consciente e sem ter que nos preocupar com a ausência do nosso bem maior: a água.