Enviada em: 22/09/2017

No olhar poético de Ferreira Gullar “é mudando a visão das pessoas que se consegue mudar a sociedade”. A partir desse pensamento, é importante compreender como a crise hídrica, vivenciada no ano de 2015, contribuiu para o fortalecimento da cidadania da população. Nessa lógica, pode-se afirmar que, além da questão climática, outros também são responsáveis para o problema da água: os governos e os cidadãos de modo em geral.     Em uma primeira abordagem, cabe ressaltar que o Brasil há muito tempo vivencia esta dificuldade, principalmente na região nordeste, porém foi reconhecida ao chegar à região sudeste. O mais preocupante, contudo, é constatar que à água era vista como um recurso inesgotável, dessa forma faltou conscientização dos cidadãos e da gestão pública para minimizar sua falta. Convém, é claro, perceber que apesar do impacto negativo, a crise hídrica abriu espaço para inúmeras discussões estratégias para o tratamento, armazenamento e distribuição da água.       Outro ponto que teve destaque a partir disso foi a importância da implantação de sistemas de tratamento de efluentes industriais e residenciais, como já acontece em algumas regiões de Singapura e Israel. Ou seja, com auxilio de tecnologia e soluções químicas pôde-se minimizar a contaminação da água e o desperdício. Vale ressaltar, ainda, que no nordeste, que vem buscando soluções há anos, utiliza-se a captação da água da chuva e criação de cisternas como alternativa para a escassez.        É determinante, então, para desconstrução desse cenário que o Estado promova ações, como investir em inovação por meio da tecnologia e pesquisa a fim de combater o problema. E ainda, realizar ações educativas, através de palestras nas escolas para que o cidadão possa mudar seu comportamento diante da problemática. Além disso, a iniciativa privada deve implementar, com o auxílio do poder público, projetos ambientas visando o melhor uso do recurso, visto que tal medida contribui para o bem-estar de todos.