Enviada em: 31/10/2017

Encontra-se no Brasil 12% da água doce do mundo. Em contrapartida, essa relativa abundância mascara a finitude desse recurso. Prova disso é que a sociedade já sofre com problemas de abastecimento em decorrência da irracionalidade do consumo. Na busca de enfrentar o problema constata-se a sua natureza multifocal: muitas são as ações a serem tomadas em diferentes áreas para combatê-lo. Entretanto, apesar das diferentes causas, podemos destacar a Agricultura e Indústria como setores responsáveis pela maior parte do consumo dos recursos hídricos.          Segundo o Fundo das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), a agricultura responde por 70% do consumo de água do planeta. Ainda segundo a FAO, esse setor produtivo também é o que mais desperdiça. Em média,  metade da água consumida  é desperdiçada. Caso houvesse a diminuição em 10% do consumo na agricultura, teríamos água para abastecer o dobro da população mundial.        Da mesma forma identifica-se um consumo enorme de água pela atividade industrial. Podemos tomar como exemplo o parque industrial produtor de Alumínio. Onde na realização do processo de hidrólise é consumida uma quantidade colossal de água. Não obstante, não devemos deixar de denunciar a prática de indústrias que lançam seus dejetos no leitos dos rios, contaminando-os.              Levando-se em consideração esses aspectos, infere-se a necessidade de controle especial sobre esses setores produtivos apresentados. A Agência Nacional de Águas (ANA) deve fiscalizar com especial energia projetos agroindustriais e industrias com grande consumo de água, afim de combater o desperdício em todas as suas facetas. Nesse sentido cabe à Presidência da República apresentação de projeto de lei ao Legislativo buscando tributar através de taxa os conglomerados industriais que consumam quantidades de água que possam ser identificadas como  desperdício, segundo critérios definidos por órgãos técnicos estabelecidos nesta lei, fomentando o consumo consciente de recursos hídricos.