A água é um recurso de irrefutável importância para os diversos ecossistemas do globo. Dentre uma gama de funções, serve como termorreguladora, age em processos fisiológicos e , além disso, a principal fonte energética brasileira provém das hidrelétricas. Entretanto, mesmo sendo fulcral à vida sua gestão não é devidamente discutida pelo tecido nacional. Diante disso, deve-se analisar como o consumismo e a negligência governamental colaboram para a má gestão desse fluido. A priori, é indispensável ressaltar que o consumismo - conseguinte do mundo capitalista - funciona como agente precursor do gasto hídrico exacerbado. Isso acontece porque, na sociedade com alta taxa de natalidade, a demanda por produtos e novos espaços na cidade aumentam proporcionalmente e ,desse modo, as indústrias, a agropecuária e a urbanização, requerem uma maior demanda de recursos naturais como a água. Em decorrência dessa exigência, muitas reservas locais se esgotam, ocorre uma desistabilização da fauna e flora local e muitas pessoas - na maior parte das vezes - culpam apenas os líderes nacionais e não refletem sobre seus atos consumistas e seus desperdícios, fato descrito por Arthur Schopenhauer, filósofo alemão, no qual afirma que "O motor fundamental do ser humano é o egoísmo". Outrossim, a negligência governamental na disseminação de instruções corrobora para a manutenção do desperdício hídrico. Isso decorre porque uma sociedade despreparada tende a usar de maneira qualquer um recurso tão peculiar como a água. Ademais, Segundo Ary Mergulhão, coordenador da UNESCO no Brasil, apesar da grande reserva hídrica brasileira,deve-se investir em diagnósticos para saber como andam as políticas de consumo da água. Portanto, caso não haja uma reeducação - por parte do governo - no que tange à gestão, simples atos de desperdícios se perpetuarão conforme a passagem de gerações e , por conseguinte, crises tomarão conta do cenário nacional e até global. Torna-se evidente, portanto, que a era consumista e a falta de instruções por parte de líderes da nação são parte da responsabilidade da má gestão da água. Para isso, o Ministério do Meio Ambiente, deve organizar estratégias de fiscalização para setores industriais , agropecuários e urbanísticos a fim de controlar os desperdícios dessas áreas por meio de multas e até o fechamento do local,caso haja desrespeito às regras. Além disso, o Ministério da Educação - com apoio do setor midiático - deve organizar palestras em escolas públicas e privadas ,abertas à todos, com intuito de instruir a população do uso correto da água desde a nova geração até as mais antigas, essas palestras seriam divulgadas via rádio,televisão e internet. Desse modo,a inteligência ecológica seria alcançada,pois, segundo Paul Watson, "Inteligência é a habilidade de viver em harmonia com o meio ambiente".