Enviada em: 01/04/2018

Desde o Iluminismo, entende-se uma sociedade só progride quando um se mobiliza com o problema do outro. No entanto, quando se observa a atual crise hídrica, no Brasil, hodiernamente, verifica-se que esse ideal iluminista é constatado na teoria e não desejavelmente na prática e a problemática persiste intrinsecamente ligada à realidade do país, seja pela ineficácia pública da gestão seja pela falta de consciência da população.       É indubitável que a ignorância e o desleixo estejam entre as principais causas do problema. Por acreditarem que o Brasil possui um enorme potencial hídrico não damos a importância ao fato de que nem toda a água pode ser utilizada, ou seja, é doce. Além disso, muitos têm a falta de informação de que é preciso um grande investimento público na construção de usinas hidrelétricas e outras obras hidráulicas logo seria necessário uma maior arrecadação ou a mudança de verba de um serviço tão ou até mais prioritário que a água para uns. Sem mencionar o impacto ambiental e cultural que obras hidráulicas costumam provocar na população ao seu redor como, por exemplo, na transposição do Rio São Francisco.       Outrossim, destaca-se a ineficiência da gestão pública como impulsionador do problema. Já que uma das explicações mais plausíveis para a crise hídrica que atingiu o estado de São Paulo foram as falhas de planejamento e as linhas de transmissão. Com isso, fica claro a má distribuição e importância hídrica  para os diferentes setores da sociedade. Cenário bem similar à região Nordeste e o "favorecimento" hídrico para os grandes fazendeiros da região.       É evidente, portanto, que ainda há entraves para garantir a solidificação de políticas que visem ao melhor uso e distribuição hídrico. Destarte, o Estado deve garantir a melhor distribuição promovendo uma mediação eficaz no uso da água. Promovendo não somente medidas de conscientização da sociedade, mas também incentivando a produção e uso de novas tecnologias para a agroindústria.