Enviada em: 03/07/2018

No cenário hodierno, um tema que tem ascendido de maneira significativa nos debates entre as autoridades brasileiras perpassa a situação da Mata Atlântica. Por ser um dos biomas mais devastados do território tupiniquim, contando com apenas cerca de 8% de sua extensão original, os esforços para tentar recuperá-lo ganharam notoriedade. Nesse sentido, ao analisar as principais alternativas empregadas no solucionamento dessa vicissitude, destacam-se o combate à agropecuária indiscriminada elencado à adoção do reflorestamento.  Embora a questão do desmatamento da Mata Atlântica seja atual, constata-se que esse é um imbróglio que possui raízes ainda no período colonial. Com a intensa exploração do pau brasil, somada ao uso desordenado da terra para o pastoreio, a vegetação natural dessa floresta foi gradativamente destruída. Ademais, com o ocorrimento da explosão demográfica no país a partir de 1960, a demanda por matérias-primas sofreu um crescimento substancial, algo que contribuiu significativamente para a expansão da atividade agropecuária ilegal.  Não obstante a essa circunstância, outro fator que colaborou de maneira incisiva para a instauração dessa conjuntura diz respeito às políticas desenvolvimentistas que assolaram o país no decorrer do século XX. Por ter sido um período marcado pela expansão de conglomerados industriais, bem como pela construção de rodovias interestaduais, vastas áreas da Mata Atlântica foram atingidas por essas modificações. Dessarte, assim como defende a Fundação SOS Mata Atlântica, torna-se indubitável a importância da prática do replantio de espécies nativas como meio de recuperação do que fora danificado.