Enviada em: 19/06/2018

Como já dissera Victor Hugo, "Não há nada tão poderoso quanto uma ideia cujo tempo chegou". Nesse sentido, chegou a época dos valores de preservação da natureza. Contudo, na costa leste brasileira, A densidade demográfica e a pujança econômica da região dificulta a preservação da mata atlântica.       É importante pontuar, de início, as dificuldades histórico-sociais de preservação da mata. A extração de madeira da mata atlântica foi a primeira atividade econômica do Brasil-colonia, logo em seguida, o bioma foi devastado pela monocultura da cana e de café. O posicionamento geográfico dessa floresta coincide com as regiões mais povoadas do território nacional.A proximidade com as grandes cidades cidades e as regiões industriais favorecem a degradação da natureza, já que, a quantidade de recursos extraídos do ambiente é uma grandeza diretamente proporcional ao tamanho da população.       Contudo, é relevante salientar, ainda, a importância, da referida floresta, para a manutenção do clima, para a qualidade do ar, e sobretudo como reservatório de patrimônio biológico. É preciso levar em conta que os poucas áreas de mata que ainda se encontram preservadas, são o único abrigo de uma enorme variedade de espécies animais e vegetais. A destruição dessas áreas acarretaria na perda irreparável de inúmeros organismos, com prejuízos que se estendem das questões ambientais à perda de informação biológica para a humanidade.        Cabe, portanto, ao poder público e ao terceiro setor a tarefa de reverter esse quadro. O terceiro setor, composto por associações que buscam se organizar para lograr melhorias na sociedade, deve denunciar nas mídias sociais e convencionais atitudes e interesses econômicos que sejam divergentes dos interesses ambientais. O Estado, por sua vez, deve, na esfera do poder legislativo federal e estadual, criar áreas de preservação permanente, desapropriando terras ainda preservadas mediante pagamento de justa indenização.