Enviada em: 28/07/2018

A Constituição Federal de 1988 - norma de maior hierarquia do sistema jurídico brasileiro - assegura a todos, por meio do artigo 225, o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado. Entretanto, dados da Fundação SOS Mata Atlântica mostram que os indivíduos ainda não experimentaram esse direito na prática. Isso se evidencia, pois, segundo a Fundação, mais de 60% da mata foi desmatada. Nesse sentido, é relevante compreender as reais causas da problemática na sociedade brasileira. Indubitavelmente, o contexto histórico brasileiro influencia essa questão. Pouco tempo depois de chegarem ao Brasil, os portugueses iniciaram a exploração do Pau-Brasil e de outras espécies da flora, deixando um triste rastro de desmatamento que é possível observar nos dias atuais. Outrossim, cerca de 500 anos depois, a Mata Atlântica continua sendo devastada, dessa vez por brasileiros. Por consequência, algumas espécies estão extintas e outras em risco de extinção. Contudo, o problema está longe de ser solucionado, pois a pouca compreensão dos civis em relação aos malefícios gerados pelo desmatamento é colossal. Além disso, a maior parte das empresas tem pouca ou nenhuma responsabilidade social e ambiental, isto é visível quando acidentes que poderiam ser evitados ocorrem. O desastre ambiental ocorrido em Mariana-MG, em 2015, é um exemplo. Ademais, a pouca e ineficiente gerência ambiental é um impasse para a recuperação de áreas desmatadas. Diante dos fatos supracitados, é necessário, portanto, que haja mobilização em grande escala da população. Cabe aos cidadãos repudiar e denunciar qualquer tipo de destruição ambiental. As escolas devem implementar em suas aulas alertas sobre os perigos da diminuição da Mata Atlântica, fazendo que desde o princípio da formação do indivíduo haja essa consciência. Ao Ministério do Meio Ambiente cabe promover ações pertinentes, aumentando a fiscalização e assegurando que haja punição adequada aos que foram contra as leis ambientais.