Enviada em: 31/07/2018

Minha terra não tem palmeiras O que explica o fato de a costa africana ser deserta e o litoral brasileiro apresentar uma exuberante floresta, se as duas regiões são separadas apenas pelo Oceano Atlântico? O motivo é que as águas frias da Antártida sobem ao longo da África e descem quentes do Equador, passando pelo Brasil, o que resulta em umidade e, consequentemente, na Mata Atlântica. Esse cenário mostra a importância de preservar esse bioma, cada vez mais escasso no território nacional. Nesse sentido, convém abordar algumas causas que conduziram a nação a desmatar essa flora e fauna.  Em uma primeira instância, é indubitável que as autoridades preocupam-se pouco com a preservação do meio ambiente ou, pior, demonstram-se indiferentes diante dessa causa. Uma exceção foi Dom Pedro II, que criou a Floresta da Tijuca, no Rio de Janeiro, que possui, hoje, quase 4 mil hectares. Essa ação do imperador é rara se comparada a outros governantes, que não disponibilizaram nem mesmo 10 hectares. A razão disso ocorrer é a fusão entre a política e a economia, o que faz com que muitos interesses exploratórios sejam atendidos. Uma solução para esse entrave é a intensificação do Desenvolvimento Sustentável.  Além desse primeiro aspecto de cunho político-econômico, vale salientar que a lei ambiental apresenta desvios vulneráveis à exploração. Foi visto que o rompimento da barragem pertencente à Samarco levou uma multa insignificante, pois os prejuízos causados são irreversíveis Consoante dados extraídos da ONG ''SOS mata atlântica", a lama de Mariana destruiu 324 hectares do bioma Dessa forma, na região descrita por Gonçalves Dias no famigerado verso "minha terra tem palmeiras", na verdade, só restará poluição, se não for seriamente tratada.  A questão do desaparecimento da Mata Atlântica, em suma, é emergencial. Em face disso, todos os presidentes devem ter a responsabilidade de ampliar ou, pelo menos, manter a cobertura vegetal do país. Caso isso não ocorra, o político ficará proibido de se candidatar novamente durante 4 anos, como forma de punição. O objetivo dessa ideia seria fazer com que as autoridades começassem a proteger as reservas ambientais. As indústrias, por sua vez, devem ter um limite sobre a quantidade de poluição gerada ao meio ambiente. Se passar do valor estipulado pela lei, a empresa pagará uma multa, para que o setor financeiro empresarial controle também os poluentes liberados na atmosfera e nos rios. Assim, tornar-se-á verdadeiro o que diz o nosso hino nacional: "gigante pela própria natureza".