Enviada em: 09/08/2018

"Minha terra tem palmeiras onde canta o sabiá." Tal fragmento poético, do escritor romântico Gonçalves Dias, descreve o sentimento nacionalista pela biodiversidade brasileira. Hoje, devido à negligência para com os recursos naturais, o verbo do poema deveria ser transmutado, de "tem" para "tinha". Na verdade, a preservação ambiental, sobretudo da Mata Atlântica, bioma fundamental, não é vista como prioridade.     Nesse contexto de vulgarização, o Estado age com maestria. Enquanto o Reino Unido projeta o fim do uso de combustíveis fósseis, até 2040, e a criação de ruas e espaços limpos de poluição, o Governo Federal assente a ocupação de áreas da Mata Atlântica, comprometendo as Reservas Legais e as Áreas de Proteção Permanente. Tal comparação sinaliza uma consciência ambiental de uma mentalidade retrógrada. Sendo assim, o produto dessa assertiva é a redução da biodiversidade, onde milhares de animais e vegetais estão seriamente ameaçados.    Outro vetor recai sobre as ações antrópicas. Explorada desde a época da colonização pela extração do Pau-Brasil e, depois, pelo cultivo de monoculturas como o café e a cana-de-açúcar, esse bioma se reduziu, e hoje, há somente 7% do original. Com isso, vem acontecendo uma prevalência de modificações negativas. Como substrato disso, percebe-se alterações climática que estendem os períodos de estiagem - é a continuidade do ciclo devastador.    Depreende-se, portanto, que há necessidade de uma reeducação ambiental premente. O Estado deve priorizar as questões ambientais, começando do impoluto, com o apoio ás ONG's ambientais, e evoluindo para o estabelecimento de leis literalmente funcionais, que protejam a rica biodiversidade brasileira. A escola, também, pode contribuir através de didáticas especiais, ensinando as crianças da importância do respeito para com a natureza, a fim de iniciar o tratamento do problema desde a base, como prevenção. Logo, essa mazela será gradativamente vencida.