Enviada em: 02/10/2018

Na mitologia grega há a história de Sísifo, homem o qual foi condenado por Zeus a rolar uma enorme pedra ladeira acima pela eternidade. Sísifo chegava ao topo da montanha todos os dias, porém, era vencido pela exaustão, e a pedra voltava ao início. De forma análoga, os brasileiros se encontram em uma luta diária para combater o desaparecimento da Mata Atlântica. Nesse sentido, convém analisarem-se os principais motivos  para tal questão negligente e nociva para o Brasil.  Em primeiro plano, vale ressaltar o contexto histórico-social do país desde seu início. Sendo assim, desde o Período Colonial a Mata Atlântica é degradada, uma vez que o Brasil era uma colônia de exploração, ou seja, Portugal buscava apenas extrair riquezas do país para si. Tal fator histórico fez com que a parte litorânea do país, onde se encontra a Mata Atlântica, fosse mais explorada por ser mais perto do colonizador, o que consequentemente acumulou mais pessoas nessa área e a deteriorou. Infelizmente, esse cenário de concentração populacional e degradação ambiental persiste até hoje, o que é um grande empecilho para combater a extinção da Mata Atlântica.  Além disso, como já dito pelo filósofo Bourdieu na Teoria do Habittus, o ser humano tente a adquirir coisas que lhe são impostas, depois as normaliza e por fim as reproduz por anos. Tendo isso em vista, a sociedade brasileira continua a reproduzir o ato de degradar o meio ambiente, sem focalizar plenamente nas alternativas para amenizar tal ação. Um grande exemplo disso é que, segundo o site Cenário Agro, o CAR (instrumento legal que auxilia na recuperação de áreas degradas) em um relatório feito sobre a situação ambiental brasileira, mostra que há entraves financeiros para a adequação à legislação ambiental. Tal fato é um grande desafio para proteger a Mata Atlântica excedente.  Faz-se, portanto, adoção de medidas que solucionem esse impasse. O Governo Federal deve realizar parcerias com grandes empresas e indústrias de todos os setores privados, a fim de oferecer a diminuição de impostos sobre terrenos em lugares mais interiorizados do país e menos habitados, como a região região Norte, para que o acúmulo de pessoas na faixa litorânea diminua devido a migração por conta do deslocamento de grandes empresas, as quais atrairiam indivíduos em busca de trabalho, auxiliando assim ao combate do desaparecimento da Mata Atlântica, pois haverá mais territórios vazios, possibilitando a manutenção e reflorestamento de tal floresta. Ademais, o Ministério da Fazenda deve mover fundos monetários dos bancos nacionais para os estados em que a Mata Atlântica se encontra, com o propósito de tal verba ser usada para a adequação dos mesmo à legislação ambiental, visando a fiscalização  e reflorestamentos de áreas da Mata Atlântica, o que impedirá uma maior devastação e expansão de tal território através da adequação legislativa.