Enviada em: 29/04/2018

A Declaração Universal dos Direitos dos animais - promulgada em 1978 pela ONU - assegura às espécies domésticas e silvestres o tratamento com dignidade. Entretanto, ao se analisar a persistência da violência contra esses bichos, nota-se que seus direitos não são validados efetivamente.          Em primeiro plano, é sabido que a difusão de falsas crenças põe em risco o equilíbrio ecológico. Nesse sentido, no período medieval construiu-se o mito de que gatos pretos são amaldiçoados e trazem má sorte. Tal fato levou à morte milhares desses animais pela população que, como consequência, foi devastada pela peste negra transmitida pelos ratos. Por conseguinte, é necessário que atos como esses sejam condenados, sob pena de prejuízos a toda a sociedade.      Por outro lado, assim como o homem, os animais não podem ser vistos como meio, mas como um fim, consoante a lógica do filósofo Immanuel Kant. No interior do país, a exemplo, é bastante comum a prática de rinhas, popularmente conhecidas como "brigas de galo" - um verdadeiro espetáculo de sofrimento a céu aberto. Nessas disputas, a espécie é utilizada como intermédio para propiciar o lucro a outrem, sem que sejam considerados os danos. Desse modo, vê-se a urgência de alteração desse cenário.     Fica claro, portanto, que o respeito à fauna seja garantido de fato. Assim, é dever da escola, por seu caráter socializante, com apoio do Ministério da Educação, a distribuição de cartilhas que mostrem as consequências do desequilíbrio ecológico aos alunos e pais. Ao IBAMA, cabe, por meio das mídias, incentivar a denúncia de rinhas ou quaisquer ações que promovam sofrimento, a fim de eliminar esse mal. Somente assim, o Brasil deixará de ser um espelho da Idade Média.