Ao longo da história, a relação entre homem e animal esteve bem próxima e de maneira harmônica, desde o uso deles como meio de transporte até nas atividades agrícolas. No entanto, os maus tratos contra animais é uma violência atual na sociedade em decorrência de atividades esportivas e culturais, bem como pelo grande número deles em situação de rua. Dessa forma, são passíveis de discussão os fenômenos que envolvem essa problemática e adotar medidas para o seu devido combate. Em primeira análise, pode-se considerar o uso de animais em práticas esportivas e culturais. Nesse sentido, existe uma legislação no Brasil que defende a integridade dos animais e define pena para quem os maltratam. Entretanto, muitas modalidades esportivas e culturais afrontam essa legislação por expor animais em situações humilhantes e degradantes, como a vaquejada, os rodeios e as rinhas de galo. Tais práticas têm por finalidade a rentabilidade financeira e a diversão das pessoas, além de passarem a imagem de que a violência contra animais é pouco importada e discutida. Com isso, essas atividades continuam existindo, mas há necessidade de que se faça cumprir a legislação vigente para que esses animais não sofram maus tratos. É importante pontuar, ainda, a violência contra os animais em situação de rua. Nesse contexto, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil tem a quarta maior população de animais de estimação do mundo. Contudo, esse dado contrasta com a quantidade de cães e gatos que estão abandonados nas ruas, além de estarem expostos a condições de violência, como queimadas, pancadas e até mesmo amputação de membros. Diante disso, a prefeitura de uma cidade da Paraíba mandou matar mais de trinta cães e gatos abandonados sob tortura e envenenamento. Tal fato exemplifica a vulnerabilidade dos animais de rua e mostra uma nítida revelação de maldade e de não civilização. Com base nos fatos apresentados, medidas devem ser aplicadas para o combate dos maus tratos contra animais. Portanto, é cabível aos ativistas utilizarem as mídias sociais para conscientizar as pessoas de que maltratar animais é crime, além de encaminhar as denúncias ao Poder Público com o intuito de que a legislação seja aplicada e que possibilita a punição dos infratores. Ademais, as Organizações Não Governamentais (ONG’s) devem promover a adoção de animais em situação de rua, por meio de feiras e eventos, a fim de que possa diminuir a população de animais abandonados e contribuir com a amenização do sofrimento deles. Logo, essas medidas irão conferir com um ideal harmônico entre homem e animais, além de permitir uma dignidade garantida a eles.