Enviada em: 04/08/2018

Com a revolução francesa, no século XVIII, o mundo percebeu que uma sociedade só avança quando um se mobiliza com o problema do outro. Contudo, quando se observa os maus tratos aos animais, no Brasil, nota-se que esse ideal revolucionário é deturpado e a problemática persiste ligada à realidade do país, seja pela desvalorização dos animais, seja pela discriminação deles.                                                                                             A princípio, precisa-se considerar que o quesito constitucional e a sua realização estejam entre as razões do problema. De acordo com Aristóteles, filósofo grego, a política deve ser feita de maneira que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade. Entretanto, vê-se que, no Brasil, apesar da Constituição garantir proteção a fauna, na prática, isso não acontece. Prova disso são os milhares de animais presos em jaulas nos zoológicos, vulneráveis a ataques e hostilidades humanas.          Além disso, pontua-se a discriminação de animais como fomentador do problema. Segundo Durkheim, o fato social é a maneira coletiva de agir e de pensar. Nessa lógica, observa-se que, os animais que vivem nas ruas são os que mais sofrem violência pela população, muitas vezes, por causa da aparência ou jeito desses bichos que não condizem com o “padrão”. Apesar de ser crime, a sociedade não se atenta a isso, perpetuando o problema, fato que está ligado ao pensamento de Robert Putnam, o qual diz que a menor participação social na resolução de um problema repercute na sua continuidade.                                                                      Portanto, diante dos fatos supracitados, faz-se necessário que o Estado proíba a manutenção de animais em jaulas durante visitas humanas para que esses animais possuam liberdade, assim reduzir-se-á os maus tratos e os humanos valorizarão mais os bichos. Do mesmo modo, o Governo Federal, junto com ONG’S, deve investir em projetos de adoção de animais com o fito de retirar os animais da rua e protege-los em abrigos para que não fiquem refém do caos urbano. Logo, haver-se-á uma sociedade engajada e igualitária e os ideais franceses se manterão.