Consoante ao poeta Cazuza, "Eu vejo o futuro repetir o passado", o combate ao maus-tratos aos animais não é um problema atual. Desde a pré-história essa vicissitude é uma realidade. De mesmo modo, apesar de avanços legais, a conjuntura de iniquidade permanece e reflete na sociedade brasileira, seja pelo constante abandono de animais domésticos, seja pelo uso de diversas espécies consequente do entretenimento. Em uma primeira análise, vê-se que a deserção a cães e gatos no país é um dos principais fatores para a persistência do problema. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), existem cerca de mais de 30 milhões de animais caseiros vivendo nas ruas nacionais, sendo que há 1 cachorro para cada cinco brasileiros. Assim, tendo em vista que o abandono é, de certo modo, um maltrato, fica indiscutível que o desanco com o grupo deve ser combatido no país. Em uma segunda análise, cabe destacar que a aplicação de diversos categorias de bichos para o divertimento têm se evidenciado diante da problemática. Nas produções cinematográficas da franquia Disney, por exemplo, isso fica ainda mais evidente nas animações "Dumbo" e "Procurando o Nemo". Aonde, na primeira, o elefante voador vira atração de um circo e fica perante a diversos tipos de maus-tratos. Já na segunda, o peixe-palhaço Marlim perde o seu filho decorrente da pesca esportiva. Portanto, fica claro que o emprego de animais em atividades de lazer apresenta um aspecto para a continuação do obstáculo. Consequentemente, medidas se mostram necessárias para a resolução do impasse. Cabe ao Governo, em parceria com o Ministério da Educação e o IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente), promover projetos educacionais sobre a importância do respeito e do acolhimento dos animais nas escolas, através de uma ampla divulgação nos principais meios de comunicação como a Rede Globo, RecordTV e Rádio Nacional, que inclua propagandas, entrevistas em jornais e debates entre professores e alunos. Nesse sentido, o intuito de tal medida deve ser o diagnóstico de cada ambiente escolar e a erradicação do maltrato aos animais. Por conseguinte, uma ação iniciada no presente é capaz de modificar a natureza e a preservar a diversidade ambiental da sociedade brasileira.