O convívio da humanidade com outras espécies se constrói a partir de uma relação desarmônica. A violência e agressão contra animais domésticos ou selvagens demonstra a conduta antiética humana, uma vez que os animais, por não serem racionais, agem por instinto. Segundo o filósofo Peter Singer, no sofrimento os animais são nossos iguais. Porém, com a construção sociocultural do mundo, o homem colocou-se em um patamar tirano, afastando-se da natureza. Isto faz com que os casos de agressões e crueldade se tornem comum, tendo os agentes de tais absurdos protegidos por esse conceito de superioridade. Não só a violência diretamente cometida deve ser colocada em evidência, posto que o consumo de carne, compra de animais domésticos e outros produtos que deles se derivam pode contribuir indiretamente para tal impetuosidade. Isto é, muitas indústrias e canis não possuem um cuidado mínimo com os animais, cometendo atrocidades contra eles para que, por finalidade, possa atender os consumidores. Portanto, é necessário uma intensificação dos mecanismos de defesa aos animais por parte governamental. Órgãos fiscalizadores, como a Vigilância Sanitária, devem adotar uma rotina mais incisiva em relação às corporações da indústria animal, assim como as punições devem ser mais rígidas para que a violência contra os animais tenha o devido tratamento e atenção. A população, por sua vez, pode organizar mutirões que incentive a denúncia dos agentes da violência contra animais e debates a respeito dos direitos animais.