Enviada em: 01/04/2018

Aristóteles, em uma de seus discursos, declara que a moral e a ética - esta advinda do indivíduo - caminham juntas para o pleno funcionamento da sociedade. No entanto, na sociedade contemporânea, uma parcela da população rompe com essa harmonia no que tange a questão dos maus tratos aos animais. Com isso, surgem obstáculos que dificultam e resolução de tal problemática, seja pela falta de investimentos em instituições, seja pela insuficiência de leis.       Convém ressaltar, a princípio, que grande parte dos institutos de apoio aos animais não possuem assistência governamental. Nesse sentido, tais organizações dependem da contribuição populacional. Entretanto, dados estatísticos comprovam que muitos indivíduos não possuem condições financeiras para a colaboração. Por conseguinte, há lentidão nos processos de resgate e tratamento dos animais vítimas de agressões e abandonos.       Ademais, apesar da existência da Lei dos Crimes Ambientais, a qual decreta detenção e multa aos praticantes de maus tratos aos animais, pessoas continuam a cometer tais atos antiéticos e imorais. Destarte, consoante ao pensamento de Émile Durkheim, um estado de anomia é instaurado na sociedade. Consequentemente, a lei torna-se deficiente, cooperando para a permanência dos casos de maus tratos.       Fica claro, portanto, que medidas eficazes devem ser tomadas. Sendo assim, cabe ao Governo tornar-se mais presente nos institutos de apoio aos animais, contribuindo financeiramente para maior qualidade e agilidade nos resgates. Outrossim, o Poder Executivo precisa  cumprir com eficácia  suas funções. Para isso, é necessário que haja punição aos responsáveis pelos maus tratos  aos animais, com o objetivo de tornar a Lei dos Crimes Ambientais mais eficiente. Além disso, o Ministério do Meio Ambiente de cada município deve conscientizar à população, com a realização de projetos e campanhas em locais públicos, a fim de perpetuar o conhecimento de que o ato de maltratar animais é um crime. Assim, poder-se-à ter uma sociedade da qual Aristóteles pudesse se orgulhar.