Enviada em: 20/03/2017

Na Antiguidade acreditava-se que a deficiência era um castigo de Deus, por isso os deficientes viviam segregados. Hoje, sabe-se que a deficiência pode ocorrer por vários fatores, mas isso não impossibilita o indivíduo de aproveitar a vida mesmo com limitações. No entanto,há impasses no processo de inclusão social dos portadores de necessidades especiais (PNE) como a falta de efetivação das leis e o preconceito que ainda existe na sociedade.      A exclusão dos PNE ocorre devido a uma questão cultural. Antigamente, era comum até a própria família privar o deficiente do convívio social. A criação de leis, como a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência em vigor desde 2008, voltadas à proteção dessas pessoas tem transformado a realidade da exclusão, no entanto nem sempre a legislação possui total eficácia.Comprova-se isso por meio do dado da Secretaria dos Direitos Humanos a qual revela que 61% dos deficientes até 15 anos possuem ensino fundamental incompleto. A lei garante o direito a educação, contudo é necessário também capacitar os profissionais da área para lidar com as particularidades de cada aluno.    Além disso, a Lei de Cotas define que grandes empresas devem contratar PNE, todavia a legislação é burlada frequentemente sobretudo pela falta de acessibilidade no próprio local de trabalho. Assim, mesmo com alguns avanços, percebe-se que há entraves para o processo de inclusão social dos deficientes.     Portanto, é necessário que o Ministério do Trabalho fiscalize e multe com mais rigor as grandes empresas que não cumprirem as normas de acessibilidade e de número de contratos dos PNE. Ademais, o Governo Federal deve investir na formação profissional dos educadores que desejam trabalhar com crianças e jovens especiais e promover mais concursos públicos para ocuparem as vagas das escolas públicas. Com essas medidas o preconceito e a exclusão contra esses indivíduos podem ocorrer gradativamente.