Enviada em: 28/03/2017

Na Antiguidade Clássica, acreditava-se que a deficiência era um castigo de Deus, por isso os deficientes viviam segregados. Hoje, sabe-se que a deficiência pode ocorrer por vários fatores, mas isso não impossibilita o indivíduo de aproveitar a vida mesmo com limitações. No entanto, há impasses no processo de inclusão social dos portadores de necessidades especiais (PNE) como a falta de efetivação das leis e o preconceito que ainda existe na sociedade.   Segundo o sociólogo Émile Durkheim,o meio social determina as condutas do indivíduo que reproduz preconceitos e esteriótipos os quais já estariam supostamente superados no mundo atual. Dessa forma, uma pessoa normal diante de um deficiente tende a excluí-lo ou mostrar-se apático o que é prejudicial para ambos, já que a convivência só faz sentido se houver diferenças.    Além do preconceito, outro impasse para a inclusão do PNE é o desrespeito ao Estatuto da Pessoa com Deficiência. Um dos quesitos da lei é o direito à educação, contudo, na maioria das vezes, os profissionais da área não são capacitados para lidarem com as particularidades de cada aluno. Comprova-se isso por meio do dado da Secretária dos Direitos Humanos: cerca de 61% dos deficientes com até 15 anos possuem ensino fundamental incompleto. Ademais, a Lei de Cotas define que as grandes empresas devem contratar PNE, todavia a lei é burlada frequentemente, sobretudo, pela falta de acessibilidade no próprio local de trabalho.            Portanto, é necessário que o Ministério do Trabalho fiscalize e multe com mais rigor as grandes empresas que não cumprirem as normas de acessibilidade e de números de contratos de PNE. Ademais, o Governo Federal deve investir na formação profissional dos educadores que desejam trabalhar com crianças e jovens especiais e promover mais concursos públicos para ocuparem as vagas das escolas públicas. Com essas medidas o preconceito e a exclusão contra esses indivíduos podem ocorrer gradativamente.