Enviada em: 31/03/2017

No curta animado "Cordas" (2014), há a narração da história da amizade de Maria com um colega de classe portador de paralisia cerebral. Diante das dificuldades, ela faz de tudo pra que ele não se sinta excluído. Entretanto, na vida real, seja por desinformação, preconceito ou falta de profissionais preparados, a falta de acessibilidade de deficientes ao meio social ainda existe, evidenciando a necessidade de novas alternativas para que seja efetivada a inclusão.            Instituída em 1991, a Lei de Cotas prevê a contratação de portadores de algum tipo de deficiência para o quadro de funcionários das empresas. Atualmente, segundo dados da Relação Anual de Informações Sociais, 24% dos trabalhadores possuem algum tipo de deficiência. Contudo, muitas empresas evitam contratar deficientes por não contar com uma estrutura eficaz, subjugar a capacidade produtiva do profissional e, inclusive, preferir não lidar com funcionários que podem necessitar de assistência médica esporadicamente.          Ademais, no ambiente educacional, dados do Censo Escolar evidenciam o aumento de matrículas de estudantes especiais nos últimos anos, tendo sido impulsionado pelo aumento de 198% no número de professores com formação em educação especial. Apesar disso, a negligência das escolas e o desconhecimento dos pais em relação aos direitos que lhes são assegurados fazem com que muitas crianças deficientes ainda estejam fora das salas de aula.             Em suma, é notório que o Brasil vem apresentando um considerável avanço em relação ao sistema de inclusão. No entanto, para uma maior eficácia, algumas alternativas são necessárias. A princípio, é fundamental que a mídia divulgue, através de comerciais, os direitos adquiridos pelos deficientes no mercado de trabalho. Outrossim, é indispensável que as Secretarias de Educação adequem o corpo docente das escolas conforme as necessidades dos alunos, de forma a atender a demanda. Por fim, é de responsabilidade de todo cidadão cobrar das autoridades políticas uma melhor estrutura física nas cidades de forma a implementar o igual acesso. Com isso, pode-se esperar que a sociedade se torne "Maria".