Enviada em: 02/07/2017

Panamericano. Paraolimpíadas. Surdolimpíadas. Mundo afora, o Brasil tem colecionado medalhas nas competições esportivas entra pessoas com deficiências. No entanto, dentro do país, a realidade é uma coleção de frustradas tentativas de inserção dessa minoria na sociedade. Tal acervo que tem como principal justificativa a educação moral.    Em primeiro lugar, é preciso considerar o papel da integração desde a infância. Estimulado a partir de 1994, o processo de introdução dos indivíduos com necessidades especiais às classes regulares tem cumprido seu objetivo: integrar. No entanto, esta longe de incluir. Isso ocorre porque a escola em si não está preparada para receber esses alunos. Falta treinamento adequado aos educadores, estrutura adaptada aos locais de ensino e, principalmente, preparo moral dos colegas de classe. Esse fator não só evidencia a exclusão, como também infere no autojulgamento do deficiente.     Isso se dá, em especial, pela interpretação errônea das limitações como impedimentos. Por não ter sido apresentado aos seus direitos na escola e por ser preterido de diversas atividades ao longo da vida, o indivíduo constrói um pensamento de incapacidade. Diante disso, se vê como desqualificado para exercer funções ativas na sociedade. Um exemplo disso é o baixo número de interessados que aparecem quando empresas fornecem vaga para pessoas com necessidades especiais.     Portanto, é evidente que as atuais medidas de inclusão falham por consequência de problemas primordiais no sistema de ensino. Para mudar isso, é necessário que o Ministério da Educação e as escolas promovam um ensino moral adequado, através da capacitação de professores e criação de uma disciplina que promova o trabalho em equipe entre diferentes estudantes e debates construtivos, em que se discuta os direitos de minorias. Desse modo, alterando as bases do ensino, é possível esperar que o deficiente brasileiro não tenha motivo de orgulho apenas em medalhas conquistadas.