Enviada em: 27/07/2017

A Declaração Universal dos Direitos Humanos diz ser direito de todos a inclusão social às esferas da vida pública. Entretanto, pode-se observar que na sociedade existem grandes entraves para uma maior qualidade de vida das pessoas com deficiência. Nesse âmbito, faz-se necessário analisar as dificuldades que impedem a efetiva integração desses cidadãos no convívio social.    É fundamental pontual, de início, que o preconceito e a discriminação contra esse segmento da população sempre esteve presente ao longo da História. Em Esparta, importante pólis grega, as crianças que nasciam com deficiências físicas eram sacrificadas e, inclusive, serviam como cobaias em demonstrações cirúrgicas. Já na Idade Média, eram considerados maldições pela igreja católica e que deveriam ser afastados da sociedade cristã. Dessa forma, a intolerância contra pessoas com necessidades físicas permaneceu forte.     Atualmente, embora não se cometam tais atrocidades supracitadas, ainda existem violências que pesam sobre o segmento em questão, como por exemplo a psicológica. Não é raro esses cidadãos serem alvos de chacotas e escárnio por onde passam e, assim, a perversidade dessas humilhações acabarem levando-os ao isolamento e às doenças emocionais.    Outrossim, é imprescindível salientar, ainda, as barreiras enfrentadas no campo da educação e estrutural. É inaceitável que o Brasil, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, com mais de 45 milhões de portadores de necessidades especiais continue convergindo ínfimos investimentos na formação de professores especializados e escolas que promovam um ensino de inclusão para esses, com metodologias específicas. Ademais, é válido ressaltar as dificuldades que cadeirantes enfrentam para utilizar o transporte público e o comércio, pois faltam elevadores e rampas.       Pode-se perceber, portanto, que medidas devem ser tomadas em prol da qualidade de vida das pessoas portadoras de necessidades especiais. É preciso que os governos estaduais e gestores municipais invistam em campanhas nas mídias, no intuito de conscientizar a população a ser menos preconceituosa e adotarem atitudes solidárias em relação aos que já sofrem com as próprias limitações como, por exemplo, ajudar atravessar a rua. Em adição, o Governo Federal, em parceria com o Estatuto da Pessoa com Deficiência, devem investir na formação de professores capacitados a ensinar e inserir os alunos especiais no âmbito escolar, bem como em infraestrutura que permita o fácil acesso para as pessoas com qualquer tipo de deficiência em todos os estabelecimentos e serviços. Quem sabe, assim, seja possível garantir qualidade de vida a esses cidadãos brasileiros.