Enviada em: 30/08/2017

De acordo com o artigo 1º da Declaração Universal dos Direitos Humanos, a DUDH, da qual o Brasil é signatário desde 1948, todo membro da família humana é igual em dignidade e em direitos. Passados quase 70 anos desse importante compromisso internacional, no país, as condições de dignidade ainda não são plenamente ofertadas aos portadores de deficiência física. Nesse cenário, o esporte e à educação precisam ser democratizados como meio de incluir esses indivíduos na dinâmica social. Logo, é necessário buscar alternativas para a garantir a inclusão das pessoas com necessidades especiais.  Uma parcela significativa das escolas no país não são adaptadas para a educação dos deficientes. Prova disso é que conforme dados do IBGE, mais de 60% da população com necessidades especiais não possuem sequer o nível de instrução fundamental. Essa estatística demonstra claramente que a oportunidade de ingressar no mercado de trabalho e consequentemente de ter condições de vida digna não é democratizada para os deficientes, uma vez que o acesso à educação, direito básico defendido pela ONU, na prática, não é assegurado na constituição. O esporte é um excelente meio de inclusão social que permite o convívio com outras culturas e a desenvoltura de habilidades. Um exemplo disso, amplamente divulgado na mídia e debatido nas redes sociais, é a paralimpíada, a qual teve sua edição mais recente realizada em 2016 no Rio de Janeiro. Através dos jogos paralímpicos os atletas demonstraram a superação de suas necessidades especiais e engajamento com diferentes povos e etnias. Esse exemplo ilustra que por meio da prática esportiva é possível integrar e oferecer dignidade aos deficientes.  Torna-se evidente, por conseguinte, que democratizar o acesso à educação e ao esporte é o caminho que precisa ser trilhado para integrar pessoas com necessidades especiais. Para tanto, o Governo em parceria com os Senais deve investir na infraestrutura escolar para acolher os deficientes e promover para os professores cursos de especialização em necessidades especiais. Dessa forma, o acesso a educação será decisiva para favorecer a inclusão dos deficientes e o ingresso no mercado de trabalho. Além disso, é necessário que o Ministério do Esporte, aliado com as ONGS, promova a expansão de programas de esporte adaptados para deficientes. Assim, a integração e a dignidade será assegurada pelo país, como propõe a DUDH.