Enviada em: 01/04/2017

"O homem não é nada além daquilo que a educação faz dele". A notável frase do filósofo Immanuel Kant reflete a importância da educação para a formação humana. No contexto brasileiro, no entanto, a educação é frequentemente colocada em segundo plano. A falta de investimentos corretos, aliada ao sistema de ensino antiquado a realidade, o coloca na 63 posição no PISA, Programa Internacional de Avaliação de Alunos, entre os 70 países avaliados.   Primeiramente, é indispensável ressaltar que o país direciona os investimentos incorretamente. A base da educação, os professores, são constantemente desvalorizados, recebendo um salário incompatível com seu papel, bem como desamparo na capacitação. Ademais, a falta de estrutura também é um dilema; uma pesquisa embasada no Censo Escolar de 2011 revelou que 84% das escolas públicas no país possuem apenas uma estrutura básica, sem bibliotecas, laboratórios ou quadras de esporte.  Além do destino incorreto do capital, a escola se mostra arcaica em relação a atual sociedade. Fruto da Terceira Revolução Industrial, o meio social se pauta no uso das novas tecnologias, e a nova geração, de jovens e adolescentes em período escolar, é sua maior consumidora. A introdução de inovações ao ensino, como o uso de animações em vídeo em aulas de ciências, por exemplo, contribuiria para aumentar o interesse dos alunos, e a flexibilização do sistema, enfatizando as peculiaridades de cada aluno, geraria um maior comprometimento do estudante.   Diante dos fatos expostos, é necessário, portanto, que medidas sejam tomadas. É papel do Ministério da Educação realizar palestras mensais a educadores, capacitando-os a lidar com as novas tecnologias em sala de aula, bem como a realização de parceria público privada com uma empresa de tecnologia que possibilite sua introdução nas escolas. Cabe ao Ministério da Fazenda direcionar 60% dos lucros obtidos em empresas estatais ao sistema educacional, investindo em sua infraestrutura e na valorização do professor.