Enviada em: 27/03/2017

Aprender não deveria ser um método de tortura.     Nesse ano, o professor Wemerson da Silva Nogueira, do Espirito Santo, protagonizou as manchetes após ter ficado entre os 10 finalistas que concorriam ao Prêmio Professor Global, devido ao fato de ter criado um método de ensino diferente do corriqueiro. Assim, despertando um maior interesse dos alunos para o conteúdo e consequentemente uma melhoria na qualidade de vida desses alunos.    Infelizmente, a qualidade do ensino não é e não pode depender unicamente do corpo docente para que haja uma real mudança positiva. Atualmente, o Brasil ocupa a 60° posição entre 76 países avaliados pela educação. Frente a este dado, numa avaliação mais minuciosa, detectou-se que os piores números vêm da educação básica. O que isso realmente significa? A deterioração da base impede um avanço nos próximos conteúdos.     Além disso, é unanime entre os professores que a precária infraestrutura inviabiliza um processo de ensino de qualidade. Não raro, encontra-se em todo o Brasil queixas sobre escolas que mal aguentam as paredes, isso quando elas as têm, como é o caso de algumas encontradas no interior do Nordeste.     Como se não bastece, a péssima de condições dos professores, que muitas vezes são obrigados a entrarem em greves para ter o mínimo de dignidade na profissão, acarreta numa maior perca de tempo de ensino. Ademais, há escolas que ficaram paradas no tempo e não acompanham a tecnologia para benefício próprio e nem capacitam seus professores para que esses não apenas façam os alunos decorar as palavras do livro, mas sim os fazer entender e questionar diante de uma necessidade.      Para Arthur Lewis, a educação não é uma despesa é um investimento com retorno garantido, e nessa mesma linha de pensamento encontra-se Leonel Brizola aderindo a falta da educação com a existência da violência. Diante disso, fica evidente que o corpo docente deve trabalhar em conjunto em prol de melhores métodos de ensino, como passeios, brincadeiras, debates, músicas e a escola deve se utilizar dos benefícios da tecnologia para passar filmes, apresentações sobre o que se é ensinado na aula, livros digitais. Não se esquecendo que os pais devem se fazer presentes conferindo, incentivando e ajudando o aluno. Não menos importante, a escola e os familiares devem exigir que o estado ou a prefeitura responsável pela escola proporcione aos frequentadores uma infraestrutura de qualidade. Aos poucos o interesse pelo estudo surge e quando se tem apoio o aluno pode ir longe.