Enviada em: 25/03/2017

No período do século XX, em virtude da Revolução Técnico-Científica Informacional e dos avanços no setor de ensino, ascende-se o movimento em defesa da educação. Desse modo, na atual conjuntura, surge a questão do sistema educacional brasileiro, que deve ser analisado sobre duas óticas imprescritíveis para que se observe as alternativas para melhorar esse seguimento.   Em primeiro plano, deve-se ressaltar que a política de ensino tradicional esteja entre as causas dessa questão. Pode-se pontuar, inicialmente, a concepção de Michel Foucault, a qual evidencia que o poder é a base inevitável de todas as relações humanas. Seguindo essa ótica, pode-se afirmar que o sistema educacional se apresenta como um instrumento de poder, haja vista sua capacidade de influenciar as pessoas. Nesse sentido, a perpetuação dessa política de ensino funciona como um mecanismo de desestimulação do estudante em relação à vida acadêmica, logo que a monotonia dessa forma de educar, simultaneamente com a ausência de criatividade dos professores na aplicação das aulas, bem como o excesso de profissionais atuando em áreas que divergem de sua capacitação perduram fortemente nessa modalidade tradicional, ocasionando, por conseguinte, as baixas taxas de qualidade na educação no Brasil.   Outrossim, destaca-se a mentalidade social como precursora da falta de estímulo a educação. Segundo Durkheim, o fato social é uma maneira de agir e pensar dotada de exterioridade, coercitivismo e generalização. Seguindo essa vertente, uma vez que uma criança presencia pelo seu núcleo familiar o estigma sobre o ato de estudar como sinônimo de obrigação, tende a adotar essa forma de pensar também por vivência em grupo. Dessa forma, a propagação dessa ideologia, transmitida de geração à geração, funciona como um dispositivo proporcionador da perda de interesse ao estudo, uma vez que essa imposição, na ausência de reflexão sobre os benefícios do ensino, se mostra como algo desencorajador.   Entende-se, portanto, que a arcaica mentalidade social, bem como a política tradicional de ensino impugnam a maximização da qualidade educacional no país. A fim de atenuar essa realidade, o Ministério da Educação pode realizar a reformulação do sistema de ensino, visando maior flexibilidade, assim como criatividade e comprometimento do professor em relação a elevação do Ideb. Além disso, esse Ministério em conjunto com a mídia pode auxiliar com a criação de campanhas de conscientização sobre a importância e o prazer de estudar, e disseminá-las em grandes jornais e na internet. Assim, será possível almejar melhoras no sistema de ensino brasileiro. Dessarte, a médio prazo será concebível estabelecer uma sociedade com elevado índice de qualidade no setor educacional do Brasil.