Professores: um caminho para o conhecimento O incentivo a educação nunca esteve tão presente na sociedade como na contemporaneidade. No Brasil, por exemplo, as implantações de projetos sociais à nível educacional, como o PROUNI (Programa Universidade para Todos) e o SISU (Sistema de Seleção Unificada) objetivam facilitar o ingresso de estudantes em universidades. Contudo, os ensinos fundamental e médio públicos continuam precários, e os professores em geral, desprestigiados. Por isso, o estímulo educacional do Governo deve se expandir aos ensinos do ciclo básico, assim como, para todos os educadores. A Finlândia é reconhecida mundialmente por ter uma das melhores educações do mundo. Para Jaana Palojärvi, diretora do Ministério da Educação na Finlândia, o principal motivo para tal sucesso são os professores. O profissional é respeitado, tanto que ganha autonomia para trabalhar na sala de aula, ou seja, há um currículo nacional básico que diz o que deve ser ensinado, mas o docente pode escolher os métodos, os livros, o tipo de didática, optar pelo uso ou não da tecnologia. No país, a carreira mais concorrida é a de pedagogia, mesmo não sendo a mais bem paga, é a mais valorizada. No entanto, no Brasil, médicos, engenheiros e advogados estão entre as primeiras opções da maioria dos candidatos. Tal situação é contraditória, já que para formar qualquer um desses profissionais são necessários docentes de diversas áreas do conhecimento. Todavia, um dos motivos para esta desmotivação é a base salarial de um professor, que segundo o jornal “O Globo” é de R$ 1697, para um profissional do ciclo básico, sendo que para qualquer uma das profissões anteriores a base é acima de R$ 3000 a princípio. Mesmo um educador universitário não tem boa remuneração, considerando seu elevado tempo de estudo. Portanto, fica evidente, que ao mesmo tempo que a educação é incentivada, o profissional do ensino não é. Por isso, é imprescindível que o Estado aumente o salário dos educadores, sendo possível por meio da arrecadação de impostos destinados à educação, além de oferecer maior autonomia ao professor nas salas de aula, ao invés do cronograma imutável. Para efetivar as ações estatais, a instituição família deve educar seus filhos a respeitar seus professores, já que são eles uma das maiores fontes do conhecimento. Dessa forma, a valorização do docente poderá ser concretizada no país a médio/longo prazo.