O problema fundamental reconhecido pela sociedade brasileira é a precariedade da educação.Os resultados das avaliações educacionais apontam que os jovens saem das escolas sabendo muito menos que deveriam.Tal situação é uma contradição ao slogan, " Brasil, Pátria Educadora", exaltado por um Governo que assegura investir cada vez mais em educação. De acordo com as pesquisas os alunos vão para a escola mas não aprendem de fato, não há desenvolvimento de habilidades, de uma consciência inovadora e, consequentemente, não ocorre a formação de cidadãos formadores de opinião.É notório que a má gestão dos recursos destinados ao conhecimento, desde o ensino básico até o superior, pelo Poder Público, é uma das causas desse caos social. Vale afirmar que a cultura da terceirização praticada pelos pais dos alunos do século XXI também contribui para essa questão, uma vez que aqueles desejam um ambiente escolar com excelentes professores e salas com poucos estudantes, mas na prática não participam das atividades educacionais dos filhos e não estimulam o pleno desenvolvimento estudantil dos mesmos. Por outro lado, vivenciamos uma educação elitista onde o rico estuda na escola privada para se preparar para a Universidade Pública e gratuita, enquanto o pobre estuda na escola pública para ingressar na faculdade particular.Certamente, a realidade do aluno baixa renda é o colégio sem infra-estrutura, o professor cansado e desmotivado, a repetência e, em muitos casos, a evasão escolar. Afim de modificar esse quadro, cabe em primeiro lugar ao Estado a melhor aplicação dos investimentos em educação, com melhorias no ambiente físico das escolas, planos de carreira e remunerações dignas para o magistério.As Secretarias de Educação devem reconhecer, incentivar e premiar os educadores que criam iniciativas para o aperfeiçoamento do aprendizado dos seus estudantes.É primordial resgatar o valor e a auto-estima da profissão responsável por formar todas as outras profissões. Por último, a sociedade deve se engajar com essa temática começando por eleger representantes que levantem a bandeira da educação.Além disso, o aprendizado começa pelos bons exemplos dados pelos pais participativos na vida escolar de seus filhos,sendo que isso pode ser alcançado com o incentivo à leitura no lar e com o diálogo nas famílias. Portanto, se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda, já dizia o educador Paulo Freire. A coletividade e a escola evoluíram e precisam andar juntas pelo futuro do nosso País.