Enviada em: 03/04/2017

Em cena do icônico filme "O Clube dos Cinco", o professor obriga os alunos a escreverem uma redação de mil palavras sobre o que cada aluno pensa que o outro é, vale dizer que o próprio professor durante o filme não faz este questionamento. A crise da educação não é fato novo no país, ela é de amplo conhecimento. Neste cenário, educadores não conseguem acompanhar o salto geracional dos alunos e novas metodologias precisam ser testadas para que o ambiente escolar possa ser um local de compartilhamento, não só de absorção.    As relações humanas, geralmente, são baseadas em trocas, elas ocorrem naturalmente e visam um aperfeiçoamento. Porém, ao se falar na relação professor/aluno o contexto muda, pois por uma questão conservadora, um deve aprender sem questionar e o outro deve ensinar sem integrar. O sociólogo Zygmund Bauman, chama este movimento de fábrica da ordem e o critica, pois este não se enquadra na sociedade de valores fluídos em que vivemos atualmente.   Por conseguinte, é necessário que os novos alunos sejam compreendidos. Viviane Senna, em entrevista à BBC Brasil, estabelece que cabe a escola criar pessoas que vivam bem em sociedade, cumprindo os seus papéis sociais. Para isto, requer-se dinamismo nas relações intra sala de aula, não só a lógica de que a disciplina seja algo que valha por si só.     É necessário, portanto, que haja uma mudança nos paradigmas educacionais. Desta forma, o Ministério da Educação precisa criar um programa que vise atualizar a metodologia escolar, reciclando os profissionais da educação, adequando o discurso para um ensino mais libertário. Além disto, é preciso que o órgão, por meio das escolas, busque traçar um perfil dos estudantes baseado em seus interesses, escolhas, problemas e formas de soluções. Para que assim, a escola possa ser um ambiente de criação educacional.