Enviada em: 31/07/2017

Alternativas para melhorar o sistema educacional no Brasil.     Mario Sergio Cortella, filósofo e educador, relatou em 2014,  que estávamos vivenciando um choque secular na área da educação; alunos do século XXI, escola do XX e metodologia do XIX.  Parece que  foi percebido pelo atual governo.  Michel Temer, Presidente do Brasil, em entrevista sobre o Novo Ensino Médio no país, disse que a educação é a porta de entrada para a cidadania e havia necessidade dessa mudança.   A declaração e atitude correspondente é justificada pois,  segundo o Índice de Desenvolvimento de Educação Básica ocorreu uma estagnação do ensino no Brasil desde 2011 e de acordo com o Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA), apontou o Brasil em 13º no Ranking em Qualidade de Formação Escolar no Mundo.    Vale pontuar, que aproximadamente 9 milhões de alunos estão em atraso escolar,  desmotivados, não têm perceptivas que carreira deverão seguir,  os índices de evasão escolar são elevadíssimos (10% na primeira série, 7% na segunda e 5% na última) pois o atual currículo é extremamente acadêmico e desconectado da realidade de formação para o trabalho.  Prova disso, uma pesquisa da Fundação Dom Cabral demonstrou: 91% das empresas têm dificuldades de contratar profissionais qualificados, 80% consideram a oferta de mão de obra de baixa qualidade e pior, mais de 50% precisam ensinar e treinar seus novos contratados.      Dessa maneira, o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) e Conselho Estadual de Educação de São Paulo (CEE),  defende essa reforma governamental do Novo Ensino Médio como âncora para melhorar o sistema educacional no país, com base em grade curricular mais flexível e adoção de um ensino integral e formação de professores qualificados para essa nova realidade.            Todavia, não adianta somente o Governo tomar a iniciativa (Conforme o Processo Orçamentário do Planalto, será liberado 850 milhões nesse Projeto onde será contemplado 528 instituições de ensino, 26 estados além do Distrito Federal atingindo 263 mil vagas no primeiro momento), toda sociedade deve tomar parte na responsabilidade de mudar para melhorar.      Portanto, o Governo Federal deverá prover os recursos e repassar  para todos estados, setores e escolas para cumprimento das metas, esclarecer toda  faceta da sociedade sobre as mudanças, formar e capacitar professores qualificados em suas respectivas áreas de atuação, melhorar as condições estruturais, sociais dos docentes e das familias brasileiras. Por outro lado, todos devem abraçar a causa; políticos, gestores, educadores, empresários, pais e filhos. Como disse Immanuel Kant: " o homem é o que a educação faz dele" e a psicóloga Rosely Sayão; "a instrução começa em casa".