Enviada em: 20/06/2018

Ação conjunta    O artigo 205 da Constituição Federal do Brasil, de 1988, prevê que o Estado é um dos principais responsáveis em promover educação de qualidade e gratuita. Entretanto, o país vem sistematicamente descumprindo tal compromisso, o que resulta no aumento do analfabetismo. Logo, governo e coletividade precisam engendrar uma conduta cooperativa objetivando buscar alternativas para reduzir o analfabetismo funcional do país.    Uma das alternativas para diminuir esse problema é investir na educação básica. Essa atitude é importante, pois segundo dados MEC, cerca de 70% dos profissionais que possuem diploma não são proficientes na leitura ou na escrita. Tal dado explicita que, das séries inicias à graduação, a alfabetização efetiva, com a compreensão, interpretação e domínio das quatro operações básicas de matemática deixa a desejar. Desse modo, é fundamental garantir a alfabetização das crianças, visto que, como defende o MEC, a escolarização ideal até os 8 anos, pelo cérebro infantil estar em desenvolvimento, é mais eficaz e permanente, inviabilizando a perda de tais habilidades a longo prazo.    Outro caminho que precisa ser seguido é a valorização do profissional da educação. Nesse sentido, os atuais profissionais da área, em sua maioria, não possuem cursos de reciclagem ou de especialização que os ajudariam a inserir ludicidade nas aulas, com música, teatro ou poesia, para garantir uma aprendizagem com maior retenção. Tal falta de qualificação advém, principalmente, da remuneração desproporcional que os professores são submetidos, como explicitou pesquisa realizada pela Action Aid, a qual concluiu que o Brasil é o penúltimo dos países pesquisados no que concerne o salário do professor. Dessa forma, para garantir uma alfabetização digna , é primordial a valorização do profissional, pois, consequentemente poderão se qualificar adequadamente para tal função.    Urge, portanto, qua ações emergenciais sejam tomadas para sobrelevar esse problema. Para tal, o Ministério da Educação precisa colocar em prática o Pacto Nacional de Alfabetização na idade certa, criado em 2012, e garantir, dessa maneira, que crianças até 8 anos saibam ler, escrever e realizara as quatro operações básicas de matemática. Ademais, é fundamental que a União garanta uma remuneração digna para os profissionais da educação, principalmente das séries iniciais, possibilitando, desse modo, que seja possível o investimento em cursos que visem a alfabetização efetiva, além do próprio governo oferecer alguns cursos gratuitos. Assim, observada uma ação conjunta entre os agentes sociais, o Brasil caminhará para um futuro que fornece educação de qualidade e faz jus aos 205° artigo da constituição cidadã de 1988.