Enviada em: 25/07/2018

O analfabetismo funcional é um problema antigo e mesmo no século XXI ainda persiste com grande força no Brasil. Segundo o padre Antônio Vieira, " A boa educação é moeda de ouro. Em todo lugar tem valor". Assim, uma pessoa analfabeta enfrenta dificuldades para se desenvolver e se relacionar, já que, muitas vezes, as escolas não proporcionam educação de qualidade, limitando a vida dessas pessoas.       A princípio, é necessário analisar a forma com que a escola contribui para o analfabetismo funcional e dificulta a formação crítica dos indivíduos. As instituições de ensino focam, na maioria das vezes, em ensinar o aluno a ler e a escrever somente, mas se esquecem da importância da interpretação e do raciocínio lógico. Fatores que são fundamentais para que as palavras, números e operações façam sentido e sem o desenvolvimento dessas habilidades o indivíduo torna-se impotente, não compreendendo textos e cálculos simples. Dessa forma, tal situação contraria o pensamento do educador Paulo Freire, que na obra "Pedagogia do Oprimido", afirma que a educação deve ter caráter crítico, formadora de seres pensantes.       Além dos problemas acadêmicos enfrentados pelos funcionalmente analfabetos, há também a limitação nas suas relações com a sociedade. Segundo os dados do Instituto Paulo Montenegro, o analfabetismo funcional atinge 27% da população brasileira entre 15 e 64 anos. Desse modo, essas pessoas encontram dificuldades em se relacionar socialmente, já que seu desenvolvimento intelectual foi limitado juntamente com a habilidade de comunicação, por causa da falta de alfabetização. Com isso, tais pessoas sofrem, muitas vezes, com a exclusão social e com preconceitos devido ao mau desempenho ao se comunicar.       Portanto, medidas se fazem necessárias para solucionar o problema do analfabetismo funcional no Brasil. Primeiramente, o Ministério da Educação em união com as escolas devem implantar aulas de interpretação de textos e de raciocínio lógico na grade horária de ensino, para que os alunos tornem-se alfabetizados eficientes. Além disso, o mesmo ministério junto com a mídia devem promover campanhas para alertar sobre os riscos do analfabetismo e oferecer cursos para aprimoramento da interpretação, a fim de aumentar o índice de indivíduos alfabetizados. Dessa forma, o problema do analfabetismo funcional poderá ser amenizado.