De acordo com o filósofo Imannuel Kant, o esclarecimento é a saída do homem de sua menoridade e, consequentemente, o alcance de sua maioridade intelectual, isto é, capacidade de exercer seu intelecto de forma autônoma. Entretanto, observa-se, no Brasil, que uma parcela da população dispõe de certa complexidade para atingir a maioridade Kantiniana, visto que possuem dificuldade em interpretar textos simples, caracterizando o fenômeno de analfabetismo funcional. Nesse viés, é imprescindível conhecer suas causas, bem como refletir sobre medidas que atenuem a problemática, a fim de formar cidadãos intelectualmente esclarecidos. A priori, é importante pontuar que a educação é um direito de todo cidadão, garantido pela Constituição Federal de 1988. No entanto, a educação brasileira mostra-se falha, formando indivíduos com analfabetismo funcional, isto é, que são incapazes de realizar tarefas simples, , como cálculos básicos de matemática interpretação de texto. Logo, isso reflete, de forma direta, na sociedade, pois assim moldam-se pessoas pouco capazes de ter um senso crítico evoluído, tendendo, então, a sempre aceitar as condições que lhes são impostas. Segundo um estudo realizado pelo Ibope Inteligência, entre os indivíduos de 15 a 64 anos, cerca de 30% são considerados analfabetos funcionais. Outrossim, vale ressaltar ainda que o modelo educacional vigente no país não instiga o aluno a refletir e interpretar situação, tão menos participar de debates, ensinando apenas os conteúdos propostos, de maneira monótona e, de acordo com o filósofo Rousseau, a educação deve, a priori, despertar o interesse do aluno e, para isso, é necessário que ela seja lúdica, progressiva e interativa. Com isso, percebe-se, que o ponto crucial do analfabetismo funcional, que vem da forma em que o ensino é transmitido ao indivíduo. Urge, portanto, a necessidade de resolver a problemática do analfabetismo funcional no Brasil. Por isso, é de extrema importância que o Governo Federal desenvolva um novo modelo educacional a ser implantado nas escolas, para isso, o ministério da educação deve realizando palestras com professores, para que esses sejam adeptos do novo método, priorizado uma educação mais dinamizada, aonde o conteúdo seja transmitido de maneira clara e envolvente, instruindo as escolas a criarem também, fóruns de discussão, com debates semanais, instigando os jovens a pensarem, refletirem, e interpretarem os mais variados assuntos, para que desenvolvam um senso crítico apurado. Para que, assim, em um futuro próximo, os cidadãos brasileiros possam deter da sua maioridade Kantiniana.