Enviada em: 12/10/2018

O analfabetismo funcional caracteriza-se como um déficit na formação educacional, o qual dificulta o processo de leitura e a resolução de cálculos básicos de matemática. No entanto, tal problema persiste na sociedade brasileira, seja pela evasão escolar, seja pela inércia governamental. Diante disso, é fundamental avaliar tal problemática.   É preciso considerar, antes de tudo, que a evasão escolar está relacionada ao analfabetismo funcional. Sob essa ótica, no livro ''Capitães da Areia'', o autor relata o abandono dos estudos por muitas crianças. Entretanto, fora da ficção a realidade não é diferente, haja vista que as escolas se tornaram pouco atrativas, devido ao currículo desatualizado, mantendo, dessa forma, uma estrutura tradicionalista, o que leva muitos educandos a não completarem o planejamento educacional. Assim, vê-se a urgência de reformulações no ensino para garantir o completo aprendizado   Outro ponto, nessa temática, é a ineficiência das políticas públicas para atenuar tal problema. Nesse sentido, segundo o IBGE, 29% dos brasileiros são analfabetos funcionais. Dentro desse contexto, é notável que o Estado não cumpre sua função como fornecedor de direitos mínimos, uma vez que não investe no atendimento educacional para esse grupo, sendo a causa da permanência desse déficit. Esse panorama, porém, vai de encontro com a Constituição de 1988 por não garantir o acesso e a permanência à educação.   Entende-se, portanto, os desafios para mitigar o analfabetismo funcional. Para atenuar esse problema, é fundamental uma ação conjunta, na qual o Ministério da Educação será responsável por combater a evasão escolar, por meio da atualização do ensino brasileiro e da capacitação dos professores para melhor atenderem os alunos, a fim de tornar as escolar mais atrativas. Ademais, o Poder Público deve diminuir a porcentagem de analfabetos funcionais, por intermédio da oferta de cursos de formação educacional básica em escolas e universidades, no intuito de respeitar a Constituição Cidadã.