Enviada em: 26/10/2018

Promulgada pela Organização das Nações Unidas, em 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos garante a todos os indivíduos o direito à educação e bem-estar social. Entretanto, ao analisar o cenário calamitoso do analfabetismo funcional no Brasil, observa-se que esse se encontra negligenciado, tanto pelo Estado quanto pelos hábitos da sociedade.       A priori, convém lembrar que, segundo os dados publicados pelo Jornal Nexo, em 2017, as taxas de analfabetismo funcional no Brasil se mantiveram estagnadas desde 2009, ratificando a escassez e a ineficiência das políticas públicas associadas ao problema. Em consequência, essa conjuntura afeta a qualificação e produtividade do indivíduo, privando-o de seu progresso intelectual, contribuindo, dessa maneira, para a perpetuação da segregação social.       Não obstante, o modesto hábito de ler do brasileiro, que se inicia defasado desde os primeiros anos escolares, é fator perenizante na deficiência da alfabetização. A respeito disso, consoante a uma reportagem publicada em 2015 pela Revista Galileu, a rotina de decodificar a escrita traz inúmeros benefícios, tais quais desenvolvimento cognitivo, raciocínio lógico e capacidade de empatia com o próximo. Porém, de acordo com uma pesquisa publicada em 2016 pelo Instituto Pró-Livro, quase metade da população não possui o costume de ler, fato que a distancia das benesses adquiridas pela prática supracitada.       Dado o exposto, é necessário que o governo invista com mais afinco em políticas de erradicação dp analfabetismo. Portanto, é fundamental que o Ministério da Educação (MEC) aplique e monitore seus programas de alfabetização a nível municipal e estadual, enfatizando o ensino básico, no qual a problemática tem sua origem. Paralelo a isso, o Poder Executivo, em parceria com o MEC, deve promover eventos incentivadores nas escolas, tais como palestras e oficinas de leitura; além de criar parcerias público-privadas para a construção e manutenção de bibliotecas, e de reduzir os impostos sobre os livros, aumentando, assim, o estímulo ao hábito de ler. Assim sendo, a sociedade será capaz de entender e se fazer entender, através das palavras.