Enviada em: 25/03/2019

Comumente a falta de acesso à educação por diversos motivos, o analfabetismo funcional é algo que se caracteriza pela ausência das habilidades de letramento e de execução de cálculos matemáticos básicos. É um fenômeno histórico que vem crescendo em grandes proporções no Brasil, tendo, nos últimos dois anos altos índices de ocorrência.        Aliada ao alto índice de analfabetos no país, a insuficiência conteudista das disciplinas de língua portuguesa e matemática na educação básica baliza uma realidade surpreendente: apenas 70% dos que possuem diploma de ensino superior conseguem ter pleno desenvolvimento das habilidades de escrita e interpretação, apontam pesquisas realizadas pela comunidade científica.        Não obstante, no índice dos 30% que não conseguem desenvolver estas habilidades, os números levam em conta que, em sua maioria, apresentam idades entre 30 e 50 anos. Apesar de estes números tratarem da escolaridade de nível superior, a situação não é de maior conforto no sistema de ensino da educação básica – tido como ensino fundamental -, principalmente nas séries iniciais.        Segundo resultados de avaliações feitas pelo Ministérios da Educação – MEC, no ano de 2015, a cada 10 alunos. 8 passaram o ano letivo sem ter as habilidades de leitura e escrita desenvolvidas. Nesta conjectura, sinaliza-se a importância da linha durkheimiana das práticas pedagógicas, onde a educação é um processo social e de necessidade prioritária.        Trata-se, portanto de uma perspectiva que pode ser modificada, através do desenvolvimento de projetos de leitura nas séries iniciais, que permeiem a prática da realidade social dos alunos, com conteúdos específicos ao cotidiano do indivíduo; além de adequações nos conteúdos, de forma a elaborar metodologias lúdicas, tanto no ensino regular, quanto no ensino de Jovens e Adultos e Ensino à Distância, dispondo de ferramentas atrativas ao processo de ensino aprendizagem.