Enviada em: 24/03/2019

Todo cidadão tem direito à educação de qualidade, assegurado na Constituição Federal, promulgada em 1988. No entanto, isso não ocorre efetivamente, visto que grande parte da população, até mesmo parcela dos que possuem diploma de nível superior, apresenta dificuldades em interpretar, argumentar e defender suas ideias. Dessa forma, é perceptível o aumento do número de analfabetos funcionais no país devido, principalmente, ao precário sistema educacional e ao baixo incentivo à leitura em que são inseridos desde a sua base de ensino.                  O sistema educacional brasileiro apresenta falhas, tanto na falta de recursos e professores que muitos estados sofrem em suas escolas quanto na qualidade do aprendizado. O filósofo prussiano Immanuel Kant defendia a ideia de que o homem não é nada além daquilo que a educação faz dele e, dessa forma, pode-se aferir que o ensino é a ferramenta fundamental para a formação sociopolítica da população, logo a qualidade do ensino deve ser um dos principais focos na gestão do país.                    Paralelo a isso, o baixo incentivo à leitura no âmbito parental e escolar é um problema que influencia diretamente na formação educacional dos jovens. Segundo as palavras do poeta Mario Quintana, "Livros não mudam o mundo. Pessoas mudam o mundo. Livros mudam as pessoas.", pode-se afirmar que uma sociedade sem leitores é uma sociedade sem mudanças, já que tal aprendizado, quando colocado em prática, é de extrema importância na capacidade argumentativa, interpretativa e criativa do cidadão.              Infere-se, portanto, que ainda há entraves para garantir uma redução no analfabetismo funcional no país. Dessa maneira, urge que devem ser feitas reformas no sistema educacional que visem a melhoria estrutural e na qualidade de ensino dos alunos. Além disso, projetos sociais que incentivem os pais, as escolas e, principalmente, os estudantes a praticar a leitura, pois ela é fundamental para a formação sociopolítica do indivíduo e deve ser parte do cotidiano da população. Dessa forma, o Brasil  poderia superar o percentual crescente de analfabetos funcionais no máximo de quesitos possíveis.