Enviada em: 25/03/2019

A educação brasileira, principalmente nas últimas décadas, vem passando por uma séria de transformações no quadro legal da política educacional. Essas mudanças tiveram início após promulgação da Constituição Federal de 1988 que estabeleceu, de forma obrigatória, o ensino como essencial em todos os níveis e modalidades. No entanto, baixos investimentos estatais e a desvalorização pela prática da leitura contribuem para um aumento significativo do número de analfabetos funcionais. Logo, alternativas governamentais e educacionais devem ser elaboradas para reduzir esse problema.         Em primeiro lugar, o analfabetismo funcional, ou seja, saber ler, mas não ser capaz de interpretar textos e realizar operações matemáticas, deve ser encarado como um câncer a ser combatido. Isso se deve ao baixo investimento, por parte do Estado, em um ensino de qualidade. Segundo o Ministério da Educação, houve uma redução por volta de 10% do investimento no ensino público, comprometendo a capacitação de professores e infraestrutura das escolas e universidades. Consequentemente, isso tem impacto na formação do indivíduo, pois compromete o seu desenvolvimento.        Além disso, é fundamental apontar o desinteresse pela leitura como um fator social responsável pela a problemática. Isso ocorre devido ao enraizamento cultural que o brasileiro criou em relação ao hábito de não gostar de ler. De acordo com o Instituto Pró-Livro (IPL), somente um em quatro brasileiros gostam e praticam leitura. É fundamental destacar que o distanciamento dessa prática, reflete no cidadão, pois compromete habilidade de interpretação de texto, enriquecimento do vocabulário, além de prejudicar sua formação profissional.              Evidencia-se, portanto, que o problema tem relação governamental e sociocultural, para isso, medidas devem ser tomadas. Para tal, compete ao Governo, direcionar de investimentos para ensino público, isso deve ser feito através da distribuição igualitária por setor, assim como aplicar planos de capacitação para os docentes e recuperação dos estabelecimentos de ensino. Ademais, cabe ao Ministério da Educação estimular a sociedade à adesão da prática da leitura na sociedade, isso pode ser feito por meio de oficinais e programas, ao menos por uma hora, incentivar a leitura, o entendimento do contexto e o escanteio para o significado. A real solução para a extinção do analfabetismo funcional é ensinar o contexto de uma palavra, jamais apenas seu significado.