Émile Durkheim foi um renomado sociólogo Francês reponsável pela criação do termo Fato Social, que significa um conjunto de normas coletivas que delimitam a ação de um indivíduo em uma sociedade. Dentre os fatos sociais que constituem o Brasil atual, pode-se afirmar que o analfabetismo funcional é um dos fatos que torna-se cada vez mais preocupante, uma vez que atinge grande parte da população e fere as esferas social, econômica e política. Dessa forma, fica clara a necessidade de alternativas que melhorem esse cenário. Em uma primeira análise, vale ressaltar que o elevado índice de analfabetismo no país ocorre devido à negligência do Estado em questões da educação pública. De acordo com o jornal Correio do Povo, o número de pessoas que não conseguem compreender textos simples chega a quase 40 milhões, e isso deve-se à baixa qualidade de ensino nas escolas públicas, principalmente, pois há uma deficiência de materiais didáticos, precariedade na infraestrutura, além da constante greve de professores, o que leva à suspensão de muitas aulas. Isso faz com que o jovem não sinta vontade de ir à escola e aprender, o que acarreta altos índices de evasão escolar. Ademais, é importante salientar que o exercício da leitura não está presente em boa parte da população brasileira. O escritor Umberto Eco afirmava que a leitura é uma necessidade biológica da espécie, no entanto, o índice de livros lidos por ano no Brasil não chega a 3 conforme o jornal Gazeta do Povo. Tal fator é intensificado pela família , pois muitas pessoas que não possuem o hábito da leitura não tiveram nenhum tipo de influência em sua trajetória que despertasse a vontade ou o costume, e muitas vezes praticavam o ato de ler por obrigação nas escolas. Com isso, nota-se que o país, para reduzir o analfabetismo, precisa primeiro despertar vontades na população. Portanto, fica claro que alternativas são indispensáveis a fim de reduzir o analfabetismo funcional no Brasil. É necessário que o Ministério da Educação, principal órgão formador de senso crítico, aumente o investimento nas escolas públicas, por meio da compra de materiais didáticos novos e de maior quantidade, da reforma anual na infraestrutura e do pagamento dos salários aos professores, de modo a promover a qualidade e despertar a vontade dos alunos de permanecer no ambiente escolar. Com essas ideias, que não excluem outras, o analfabetismo poderá ser um fato social despreocupante na sociedade brasileira.