Enviada em: 13/03/2019

Relativo ao analfabetismo funcional no Brasil é possível afirmar que três a cada dez pessoas mesmo sendo alfabetizadas não conseguem contextualizar e nem resolver cálculos simples, visto que apenas 8% da população é capaz de entender e se expressar corretamente. Isso se evidencia devido a precaridade do ensino básico, que está entre os países que menos gasta em ensino fundamental e médio todavia tem investimentos comparados ao europeu em universidades, em consonância com a negligenciação das famílias que por vezes entregam apenas ao âmbito escolar o difícil dever de alfabetizar.                                                                                                                                             Cada vez mais instituições de ensino tem incentivado apenas ao aluno a leitura e escrita das palavras esquecendo-se de estimular no mesmo a busca pelo sentido e onde a matéria lhe será útil no seu dia-a-dia, dessa forma, mesmo compreendendo muitas vezes o significado das palavras e números são incapazes de compreendê-las quando vista em frases, textos ou cálculos matemáticos. O método implementado desde 1996 como a apresentação da psicogênese ao invés de uma sistematização deu lugar a uma desorganização, que por sua vez acabou interferindo diretamente no senso crítico que cada aluno desenvolve e como o educador trabalha.                                                                       Convém lembrar ainda que a família é um mediador importante e indispensável seja em qualquer idade,seja para incentivar uma leitura em voz alta e cobrar uma explicação para aquilo que foi lido ou para estimular o fono, aumentando assim o desempenho. Nesse sentido, as desigualdades sociais também estarão presentes pois famílias com melhores condições  terão uma ''bagagem'' maior para oferecer, uma vez que muitos pais não sabem ler e não tem como repassar isso aos filhos.                      A partir dos argumentos supracitados, é importante um maior investimento governamental em ensino de base e um maior suporte para que os professores consigam trabalhar em conjunto com o despertar do senso crítico dos alunos a não só ler mas compreender através de uma nova metodologia que vão além das cartilhas , salas com menos alunos para facilitar e um curso de extensão e aperfeiçoamento. Aos pais cabe encorajar a leitura e fazer um acompanhamento com o filho.