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Enviada em: 17/03/2019

De acordo com a Constituição Federal de 1988, a educação é direito de todos e cabe ao Estado e a família promover o pleno desenvolvimento dos indivíduos visando o bom exercício de cidadania e qualificação. Entretanto, a teoria não está inserida na realidade, uma vez que o analfabetismo funcional encontra-se presente na sociedade, prejudicando as pessoas em distintos aspectos, como na educação e no âmbito social. Nesse contexto, torna-se necessário evidenciar o aspecto problemático do ensino brasileiro que acaba intensificando o problema e a negligência estatal quanto a ofertas de oportunidades à população adulta e idosa.   Ao analisar a problemática do analfabetismo funcional, deve-se observar a concepção educacional dos jovens, pois quando inadequada intensifica o problema. De acordo com o levantamento feito pelo movimento Todos pela Educação, apenas 4,5% das escolas públicas do país têm todos os itens de infraestrutura previstos em lei, no Plano Nacional de Educação (PNE). Ou seja, nota-se a precariedade do sistema educacional brasileiro, o que causa evasão escolar, pois desestimula os alunos, o que culmina em analfabetismo funcional.    Além disso, pode-se notar, também, que, de acordo com o Inaf (Indicador de Analfabetismo Funcional), 30% da população entre 15 e 64 anos é considerada parte desse grupo de pessoas que não possuem suficiente capacidade interpretativa sobre um texto. Essa perspectiva é relacionada a falta de ofertas de oportunidades para aqueles que terminaram o período escolar ou que por algum motivo evadiram-se do mesmo, visto que as poucas aulas durante o período noturno são pouco divulgadas e assistidas pelos órgãos governamentais, sendo por muitas vezes realizadas por ONGs ou alunos de cursos na área de linguagens. Com isso, tem-se, de maneira errônea, a transferência de uma responsabilidade do Estado, assegurada no Plano Nacional de Educação, para a própria população.   Portanto, é evidente que ainda existem entraves para solucionar o problema de analfabetismo funcional no Brasil. Diante disso, cabe ao Governo Federal incentivar a educação no país, por meio de melhorias na qualidade de ensino e também na infraestrutura das escolas, as quais sejam perceptíveis pelos alunos, a fim de que os casos de analfabetismo funcional no Brasil seja reduzido. Dessa maneira, não haverá tamanha distinção social.