Enviada em: 30/10/2017

Pouquíssimas escolas existiam no Brasil na era colonial e os estudos eram voltados para indivíduos com alto poder aquisitivo, filhos dos fazendeiros. Hodierno, apesar de haver ensino coletivo a segregação permanece, visto que a superioridade da qualidade do ensino encontra-se nas escolas privadas. Nessa perspectiva, torna-se necessário investimentos políticos na infraestrutura e na qualidade das instituições de ensinos para torná-las atrativas para os alunos reduzindo o analfabetismo, principalmente, funcional.       Em primeiro plano, é necessário substituir a ideia arcaica de que a biblioteca é um lugar para guardar livros por um espaço moderno propício a socialização, interação artística e tecnológica ajuda a motivar a leitura reduzindo o analfabetismo funcional. Porém, a falta de investimentos e o desinteresse governamental prejudica a reestruturação desses espaços, como evidenciado após o fechamento temporário das três bibliotecas parques devido a falta de repasse financeiro a instituição administradora. Inviabilizando, desta forma, o acesso de milhares pessoas ao conhecimento.        Somado a esta questão, tem-se o descaso, do Ministério da Educação, com a educação, ao aprovar uma lei que proíbe a reprovação na alfabetização, em prol de uma colocação melhor ao maquiar o índice de desenvolvimento humano (IDH). De acordo com Paulo Freire, "ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção", essas inexistentes para os analfabetas funcionais que não conseguem empregos que o remunere bem. Desta forma, prejudicando inclusive o desenvolvimento do país devido a falta de mão de obra qualificada.       A erradicação do analfabetismo funcional, portanto, ocorrerá após mudanças na educação brasileira com a atuação social e política. Dessa maneira, é necessário que o governo aumente os investimentos públicos na educação, melhorando a infraestrutura das bibliotecas e escolas, e principalmente, deixe a cargo do professor avaliar a capacitação do aluno, a fim de diminuir o analfabetismo funcional e tornar o Brasil o país do livro.