Na contemporaneidade muito se discute com relação aos índices de analfabetismo funcional no Brasil, que é aquele onde o indivíduo é incapaz de ler e compreender textos simples. Essa questão precisa ser analisada de maneira ampla, avaliando professores e alunos, na expectativa de descobrir onde e como o Estado deve atuar. Três aspectos devem ser considerados, salário dos docentes, número de alunos por professor e didática aplicada. Em uma primeira análise é válido destacar que o salário dos professores brasileiros é baixo. Dados do INEP mostram que 99% dos mesmos ganham menos de 3,5 mil reais ao mês para trabalhar 40 horas semanais. Isso desmotiva o profissional, já que é uma rotina desgastante que não recebe o devido reconhecimento financeiro. Convém lembrarmos ainda que o número de alunos por professor nas escolas públicas é de aproximadamente 35, segundo dados da edição de 2002 da pesquisa World Education Indicators. Essa variável desencadeia incapacidade do docente em oferecer a devida atenção a cada aluno, fazendo com que alguns sejam aprovados para as séries seguinte com vários problemas de aprendizagem. Além disso, a didática aplicada nas escolas não é a mais adequada ao aprendizado, principalmente no ensino fundamental. O contexto é ministrado de forma descontextualizada a realidade , o que causa dificuldade de aprendizagem já que o discente não vislumbra aplicabilidade dos conteúdos na sua vida. Portanto, algumas medidas poderiam solucionar o problema como, a destinação de mais recursos financeiros para e educação aumentando a quantidade de escolas construídas e o piso salarial dos professores. Esse recurso pode ser proveniente de leis que estipulem um percentual mínimo de investimento do PIB nacional na educação. Também é importante que cursos de capacitação sejam ofertados aos profissionais, com o intuito de melhorar os métodos de aprendizagem.