Enviada em: 05/04/2018

A qualidade do ensino no Brasil tem sido tema das mais diversas discussões, desde uma simples conversa despretensiosa com amigos às acadêmicas. Não podia ser diferente: o analfabetismo funcional é o produto de políticas governamentais que, em nossa história, jamais consideraram a educação como sinônimo de progresso. Esse pensamento pôs a nação brasileira num patamar de inferioridade cultural em relação a outros países, quando deveria, em razão do potencial financeiro que possui, ombrear com nações desenvolvidas.   Mormente, ao analisar a problemática por um prisma estritamente estatístico, nota-se que, de acordo o IBOPE, o país possui cerca de 27% da população com essa deficiência, sendo que esse número ainda representa uma redução, visto que em 2001 correspondia a mais de 38%. Tal mazela se fixou mais no passado, pois dificilmente presidentes como Vargas, JK ou mesmo os ditadores, reservavam verbas suficientes dos cofres públicos para atenderem a parcela de desprivilegiados, que não contavam com o auxílio das escolas e tampouco eram estimulados ao conhecimento. Desse modo, a sociedade brasileira teve seu desenvolvimento às bases das industrias e das grandes empresas internacionais, vistas aqui como o essencial para o progresso, deixando, assim, a educação como opções utópicas.    Por outro lado, é preciso salientar que algumas medidas foram tomadas pelos governos recentes para reduzir a parcela de analfabetos funcionais. Como a ampliação maciça do número de centros educacionais e até mesmo a formulação de leis para tornar o ensino básico obrigatório. Todavia, preocuparam-se apenas na quantidade, esquecendo-se da qualidade do ensino, que agora é responsável por formar indivíduos incapazes de compreenderem até mesmo o que leem e isso prejudica seu desenvolvimento pessoal, intelectual e profissional. Nesse sentido, países como Suécia e Coreia do Sul, que fizeram jus as palavras de Immanuel Kant -É no problema da educação que assenta o grande segredo do aperfeiçoamento da humanidade- desenvolveram suas nações através da capacitação de seus cidadãos, e hoje, apesar de possuírem menor recurso financeiro, se sobrepõe em níveis culturais a países como o Brasil.     Urge, portanto, que as instituições públicas estabeleçam novas metas para alterar a realidade daninha do país. Destarte, cabe ao Estado a disponibilização de mais verbas para os investimentos na qualidade do ensino público, de modo que, por meio da maior capacitação dos profissionais da área, prevaleça neste espaço o ensino de excelência, a fim de explorar a máxima competência do estudante. Outrossim, o MEC deve investir na modalidade de ensino a distância como forma de garantir o acesso à educação àqueles que por algum motivo não mais se enquadram no sistema de ensino tradicional.