Enviada em: 23/02/2019

Com o advento da Revolução Industrial no século XIX, houve o surgimento da "Indústria Cultural", principal meio encontrado pelas indústrias, para lucrar em cima da propagação de uma cultura popular. Atualmente, em aplicativos como o Instagram, vários "digitais influencers" tentam convencer os usuários a adquirirem determinados produtos. Entretanto, esses produtos não são acessíveis a todos, deixando uma "brecha" para a pirataria entrar em ação.  Essa, tem sido um grande problema para a sociedade brasileira, e há muitos empecilhos que impedem-na de ser erradicada.       É notável a grande influência dos produtos piratas circulando na sociedade, como por exemplo:  filmes que acabaram de ser estreados no cinema, sendo fornecidos em sites e lojas, quase que instantaneamente. Segundo o Artigo 184 do Código Penal, isso é considerado crime, uma vez que viola os direitos do autor do produto. Ou seja, para produzir um filme houve uma demanda muito grande de tempo, dinheiro e criatividade. Passa-se, então, a ser uma atitude antiética por parte do indivíduo praticante da pirataria, uma vez que ele desconsidera todo o esforço do autor da obra.       Outrossim, a pirataria não sobreviveria caso não tivesse consumidores e fosse lucrativa para os responsáveis. Estes, muitas vezes, optam pelos produtos piratas por não possuírem renda suficiente para adquirirem o original, visto que o preço é bem elevado. Segundo dados da Associação Anti-Pirataria, em 2006, 2,9 milhões de downloads de músicas foram feitas em sites piratas, o que exemplifica a grande quantidade de usuários desses sites. Já os provedores da pirataria, ganham uma quantidade significativa de dinheiro em cima desta forma ilegal de veiculação, sendo responsáveis por uma queda muito grande no lucro das indústrias,  cerca de 2 milhões de reais, ainda segundo dados da Associação Anti-Pirataria, ocasionando diversas consequências, como uma menor contribuição nos impostos e a demissão de vários funcionários.            Impende, então, que medidas são necessárias para resolver o impasse. As empresas devem dar um acesso maior de seus produtos à população, por meio de uma pequena flexibilização no preço destes. O Google, principal entidade da internet, deve intensificar o combate à pirataria online, bloqueando e implantando multas aos responsáveis. Ademais, cabe também ao Ministério da Educação promover a consciência da moral e ética, através do investimento em mais aulas de sociologia e filosofia nas escolas, pois sob a ótica de Emanuel Kant: " O ser humano é aquilo que a educação faz dele".