Enviada em: 11/04/2019

Com o desenvolvimento tecnológico, a difusão de informações se tornou uma prática muito mais intensificada. Com isso, surge a discussão a respeito da reprodução de conteúdos sem a autorização do(s) criador(es) dos mesmos, o que é definido pelo termo "pirataria". Ainda que o conceito venha quase sempre ligado a pensamentos negativos no imaginário popular, essa prática pode sim ter um viés positivo, tanto na transmissão informacional mais heterogênea quanto no merchandise criado em torno do produto pirateado.   Por ser mais cibernética, a sociedade atual possui uma variedade muito maior de pontos de vista distintos em torno de uma mesma discussão/assunto, o que torna a cultura popular muito mais rica, afinal, em meados dos anos 80/90, as opiniões da população eram moldadas pela mídia local, uma vez que não se possuia fácil acesso a materiais estrangeiros originais, mas apenas à interpretação dos meios de comunicação daquela região. Contudo, essa barreira foi quebrada graças a pirataria, tendo em vista que ela trouxe à tona materiais "originais" para o domínio de quem antes não o possuiria, levando a diferentes moldes de opinião.   Ademais, os produtos piratas levam em si o merchandise associado ao produto original. Como disse Mikael Hed, CEO da Rovio (produtora do jogo "Angry Birds") na conferência de Midem em Cannes, a pirataria ajuda a espalhar a marca, levando-a a grandes massas, sendo assim uma aliada na difusão do marketing.   O maior problema da pirataria, contudo, é a perda de uma possível renda dos criadores do conteúdo por conta da pirataria (exemplos são o da perda de bilhões de reais pelo governo brasileiro, em razão do não pagamento de impostos a produtos pirateados). Entretanto, numa situação análoga à liberação da maconha no Uruguai, os governos devem criar uma legislação que permita a reprodução de tais marcas, configurando seu comércio em algo legal e lucrando com impostos, recuperando a verba antes "perdida".